O Atlético Goianiense empatou com o Juventude por 1×1, na noite desta terça-feira (23/11), no estádio Antônio Accioly, e segue ameaçado de rebaixamento. Apesar do resultado não ser o esperado, a partida marcou o fim do jejum do atacante Zé Roberto, que voltou a balançar as redes após 13 jogos. 

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“Foi um gol que lavou a minha alma, eu estava precisando bastante. Fazer gol não é tão simples, tem onze jogadores que querem impedir a gente de fazer gol. Temos outros exemplos no Brasil, Gabigol ficou dez jogos sem marcar, Hulk ficou oito partidas sem fazer gol, o Marinho ficou três, é complicado. Batalhamos, mas às vezes a bola não entra”, frisou Zé Roberto.

(Foto: Bruno Corsino/ACG)

“A minha vibração foi mais pela torcida pedindo para eu entrar em campo, entrei e pude corresponder. No jogo passado fiquei frustrado porque entrei, tive a chance e não consegui marcar. Esse foi meu primeiro gol com público, depois da pandemia. O primeiro gol com a torcida foi uma emoção diferente também”, concluiu.

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Artilheiro do Atlético-GO na temporada com 16 gols, destes, seis foram no Campeonato Brasileiro da Série A, Zé Roberto iniciou as últimas partidas no banco de reservas. No entanto, o jogador revelou que sua maior frustração, não era ficar no banco de reservas. 

“Não acho injusto (ficar na reserva), o treinador tem a forma dele pensar. Ficava mais chateado quando começava jogando e era o primeiro a sair sempre o primeiro. Quando estava começando a pegar o ritmo do jogo, saía e ficava um pouco frustrado. Isso estava me pressionando, porque eu tinha que resolver no primeiro tempo, se não saía. Mas em relação à ficar no banco, acho que todo mundo tem direito de jogar”, destacou. 

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Zé Roberto é um centroavante com um estilo de jogo diferente, não fica o tempo todo dentro da área e tem o costume de sair para buscar o jogo. O atacante falou sobre as críticas que tem recebido.  

“Tenho 28 anos e tenho as características que criei durante toda a minha carreira, não sou mais nenhum garoto. Todos sabem como eu jogo, se eu começar a atrapalhar e tiver que sair, eu saio, respeito. Mas em todos os lugares por onde passei, mesmo com meu jeito de jogar, sempre marquei gols. Não é porque estava há 13 jogos sem marcar que eu estou jogando errado, é algo que não aceito, até por parte da imprensa também. É meu estilo de jogo”, detalhou. 

“Quando entrei contra o Ceará, criamos bastantes chances e contra o Santos também, mesmo com as oportunidades não vindo para mim, já que eu não fico na área, como é pregado. Mas criamos, então meu estilo de jogo ajuda também, facilita para os meus companheiros. É minha característica, mas se o treinador pedir vou ficar mais dentro da área. Ontem o Marcelo pediu e tentei ficar, também fico dentro da área, acho que todos os meus gols na Série A foram de dentro da área”, concluiu. 

O Dragão volta a campo na sexta-feira (26/11), contra a Chapecoense, às 21h30, na Arena Condá, em partida válida pela 36ª rodada da Série A do Brasileirão.