Na última quinta-feira (27), em jogo válido pelas Eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2022, disputada entre Chile e Argentina no estádio Zorros del Desierto, em Calama, no Chile, vencido pelos argentinos por 2 a 1, um fato inusitado chamou a atenção durante o primeiro tempo.

Os árbitros assistentes Fabrício Vilarinho e Rodrigo Corrêa precisaram improvisar as suas bandeiras após terem esquecido o equipamento no hotel onde estavam hospedados. Como consequência do ocorrido, ambos foram suspensos por quatro meses pela Conmebol de atuarem em partidas organizadas pela entidade.

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O goiano Fabrício Vilarinho, eleito o melhor assistente do último Brasileirão e escalado para a partida entre Crac e Vila Nova de logo mais pelo Campeonato Goiano, no estádio Genervino da Fonseca, em Catalão, falou sobre a situação em entrevista ao repórter Pedro Henrique Geninho, da Rádio Bandeirantes.

“Nós, como legisladores da regra, temos que estar intocáveis nesse sentido. Quero pedir perdão para o futebol, aos torcedores e todos aqueles que nos têm como referência. Ouve esse deslize, que envolveu o equipamento, e realmente pesa. Vamos ter que cumprir os quatro meses, já que colocamos em risco toda uma situação. Sentimos muito, porque queremos uma oportunidade de trabalho sério, e por essa vergonha eu só peço perdão”, afirmou o árbitro.

Questionado sobre a punição atrapalhar os seus planos, Vilarinho, otimista, ponderou que “quatro meses passam rápido. Teremos jogos e o treinamento continua com a cabeça erguida. A Copa do Mundo é o maior evento esportivo mundial, e deixamos na mão dos gestores”. O goiano é um dos principais árbitros assistentes do quadro nacional e sul-americano, e candidato a estar no Catar.

“Como diz um certo amigo, ‘é muito índio e pouca oca’, então que aqueles que estão habilitados a fazer a escolha, que a façam. Estamos aqui de coração aberto e trabalhando, e isso que importa. Quem for o escolhido, será bem escolhido, porque o quadro é feito de uma forma seleta. É o sonho e a meta de todos, claro, mas ficamos tranquilos com relação a isso. Cada um colhe aquilo que plantar”, completou.