Depois da segunda derrota do Atlético Clube Goianiense no clássico para o Vila Nova Futebol Clube, o presidente Adson Batista reconheceu a superioridade do adversário, em entrevista coletiva no pós jogo.

“Temos que entender que nos dois jogos o Vila mereceu ganhar o jogo. Tivemos muita posse de bola, fizemos meia linha, mas o Vila foi organizado, jogou igual nós jogamos na Série A com muitos clubes do futebol brasileiro, marcando forte e tendo velocidade na saída. A partida que o Vila fez aqui hoje foi melhor do que no OBA, onde tivemos momentos com 10 que conseguimos até empatar o jogo”, analisou.

Além disso, o dirigente rubro-negro voltou a criticar alguns jogadores do elenco. “Nosso time, alguns jogadores estão muito abaixo do que realmente pode. O time melhorou um pouco depois das mexidas, no primeiro tempo foi muito abaixo, temos que saber perder. Foi uma derrota doída, o Vila foi uma ou duas vezes no segundo tempo, mas foi letal. Então, a gente vai ter que avaliar muita coisa”, disparou.

Mesmo com a derrota, Adson Batista aproveitou para agradecer a torcida atleticana, que, de acordo com ele, compareceu e jogou junto. “Quero agradecer muito a torcida do Atlético, que empurrou o time o tempo inteiro, tem que cobrar, tem que reclamar mesmo. Torcida nossa é a única coisa positiva aqui. Parabéns à torcida, que fez seu papel”, elogiou.

Voltando à análise sobre a atuação da equipe na derrota, o presidente do Atlético-GO revelou que a maior preocupação é “a coragem” de certos atletas. “Precisamos evoluir demais. Eu vejo alguns jogadores sem coragem. A gente precisa avaliar o adversário, fazer um jogo que possa ser dentro das fragilidades do adversário. O Marlon, que é o principal jogador, que faz nosso time jogar, não está passando por um bom momento, vamos dar apoio para ele, porque ele vai se recuperar. É melhor perder agora do que ajustar o time”, opinou.

A contratação de um treinador também foi assunto de Adson Batista após o jogo. Segundo ele, é algo que “precisa acelerar”, embora o dirigente tenha dito em outras oportunidades que a pauta era tratada com calma.

“Temos que trazer algo mais, vou ter que arriscar em algo mais, para que a gente tente trazer uma nova dinâmica, filosofia para tentar organizar nossa equipe. Nós temos elenco, eu confio, ajustes vão acontecer, estamos com problema ali de profundidade ofensiva, como centroavante de área. O Dellatorre está com a mesma característica do Zé, saindo muito, parece que está um pouco sem confiança e temos que resgatar”, afirmou.

O revés no clássico, entretanto, não afeta em “nada” para o Atlético-GO, conforme afirmou o presidente. “Nós temos apenas que tirar os conceitos do jogo para a gente evoluir. Não tem desespero, não tem problema, precisamos acertar, organizar nossa equipe para que a gente faça uma reta final de goiano, chegue bem na Sul-Americana e principalmente o Brasileiro, que é o carro chefe”, destacou.

A arbitragem também foi tema na entrevista do dirigente rubro-negro. Na avaliação dele, foi a melhor atuação até então no estadual. “Foi tranquilo, não temos que ficar jogando culpa em árbitro. Hoje, para mim, ele está sendo o principal árbitro do futebol goiano. Não adianta a gente ficar arrumando culpados, precisamos olhar para dentro de nós mesmos e nos organizar”, ressaltou.