A pouco mais de dois dias para estrear no Campeonato Brasileiro da Série B, o Goiás ainda vive a ressaca de uma semana turbulenta, abarrotada de notícias ruins. A primeira delas foi na decisão do Goianão, quando, aos 48 minutos do segundo tempo, perdeu a invencibilidade que carregava desde o início da competição e consequentemente o título do estadual. Na sequência, a demissão de Claudinei Oliveira, a contratação de Ricardo Drubsky, e a queda na primeira fase da Copa do Brasil para o modesto Botafogo-PB.

Diante disso, o clima no Verdão é de esperança e expectativa para um segundo semestre melhor. Em litígio com a torcida, a diretoria esmeraldina aposta justamente no Brasileirão para aliviar a tensão na Serrinha. A ideia é, mesmo com um orçamento bem abaixo do normal, fazer uma competição tranquila para afastar a insatisfação dos torcedores enquanto as contas são ajustadas dentro do clube.

Sabendo disso, o capitão Amaral só pensa em esquecer o fracasso nas duas primeiras competições para focar na sequência da temporada: “Estamos próximos de iniciar o Brasileiro, o campeonato mais difícil da temporada e um dos mais difíceis do mundo, então temos que pensar só em trabalhar e esquecer tudo de ruim que vivemos ultimamente. A necessidade é de fechar o grupo, acertar todos os detalhes para fazer um bom Campeonato Brasileiro e tentar apagar essa semana trágica que vivemos, com a perda do Goianão e a eliminação da Copa do Brasil”, comenta.

Mesmo visualizando com otimismo a participação esmeraldina no Brasileiro, Amaral evita fazer projeções de objetivos, demonstrando que incerteza sobre o futuro do time também se instalou no elenco: “É difícil falar como e para o quê entraremos na competição. Nosso momento não permite saber o que vai ser lá pela frente. É um campeonato muito qualificado, esperamos a chegada de novos jogadores para nos ajudar, e, dando o máximo, posso dizer que faremos uma boa competição”.

Sob novo comando, dessa vez nas mãos de Ricardo Drubsky, o volante revela que ainda não conhece o treinador e isenta Claudinei Oliveira do fracasso do Goiás nesse primeiro quadrimestre: “Ainda não o conheço o professor Ricardo, nem o seu trabalho, mas todas as referências foram as melhores possíveis. Vamos procurar assimilar a nova filosofia da melhor maneira possível para ajudar o Goiás. Sobre a saída de Claudinei, a gente lamenta, porque não foi culpa dele o ocorrido, a culpa tem sempre que ser mais de nós jogadores”, analisa.