Nesse domingo (3), no Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial, vários clubes do futebol brasileiro relembraram a data. Um deles foi o Atlético Clube Goianiense que promoveu várias ações de incentivo contra o racismo antes do início e durante a partida contra o São Paulo, no estádio Antônio Accioly, pela 15ª Rodada da Série A.

Os jogadores do Dragão entraram em campo com uma camisa personalizada com o símbolo da resistência que é o punho fechado para o alto e com os dizeres da campanha. Essas camisetas foram distribuídas para os torcedores presentes. Além disso, materiais para as redes sociais, telão no estádio e locução foram preparados pelo clube. A tradicional faixa com a escrita ‘Não Ao Racismo’ também fez parte da ação com uma volta olímpica.

“O Atlético Clube Goianiense apoia essa causa: Diga não à discriminação racial! Igualdade para todos! Racismo não entra em campo e nem no Castelo do Dragão! Aqui no Accioly, é cartão vermelho para o Racismo! A regra é clara: preconceito não faz parte do jogo. Chega de preconceito! Não ao Racismo!”

De acordo com o diretor administrativo do Atlético-GO, Marcos Egídio, a ação deve ser feita para “reforçar a luta contra o racismo e qualquer tipo de intolerância”. Além disso, afirmou que a diretoria vai continuar realizando esses projetos como incentivo para a sociedade e a torcida atleticana. “É uma luta contra a opressão, contra as desigualdades e vamos sempre enaltecer a cultura e negra e africana no Brasil. Isso é o que esperamos do nosso torcedor e de toda a população goiana”, ressaltou.

Atlético Goianiense promove ações contra à Discriminação Racial. Técnico do São Paulo, Rogério Ceni, no banco de reservas do Dragão durante o hino (Foto: Alan Deyvid/ACG)

Casos de racismo

No clássico da 5ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A entre Atlético-GO e Goiás, o volante esmeraldino Fellipe Bastos acusou um torcedor atleticano de o ter chamado de macaco após o fim da partida. Sendo assim, Fellipe abriu um boletim de ocorrência no Geacri – Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância. O processo conduzido pelo delegado Joaquim Adorno ainda não chegou ao fim.

Outro caso de injúria racial foi no confronto de ida pela semifinal do Goianão Sub-20 entre Atlético-GO x Trindade. De acordo com o jogador Gustavo, do Dragão, o fisioterapeuta do time adversário o falou as seguintes palavras: “o que foi negão? O que foi macaco?”. O árbitro relatou na súmula o que aconteceu: “proferiu de forma clara, que todos que estavam próximos puderam escutar, inclusive eu”. O meia também abriu um b.o para apuração do caso.