As aulas presenciais foram iniciadas nas redes municipal e estadual na última semana, mas o aumento de casos de Covid-19 em muitas cidades goianos acendeu o sinal de alerta para possíveis novos decretos com medidas restritivas. Em entrevista à Sagres, a secretária de Educação de Goiás (Seduc), Fátima Gavioli afirmou que, dependendo do decreto e tempo de duração, pode manter as aulas presencias nas unidades estaduais.

“A partir de agora, eu começo a ter um conflito, porque tenho prefeituras que estão fechando escolas, mas estão permitindo eventos e abrindo bares e igrejas. Neste caso, se for um decreto que tenha mais de sete dias de prazo e esse fechamento estiver atingindo principalmente a escola, a Secretaria não vai acatar o decreto, ela vai manter as aulas na rede estadual”, explicou Fátima:

Assista à entrevista no Sagres Sinal Aberto:

Segundo a secretária, há um controle dentro da escola, sob a supervisão dos professores, em relação ao uso de máscaras e álcool em gel. “As crianças voltaram com aquele senso de responsabilidade entre ele e o colega. Estão usando máscara, o álcool em gel. A maioria das crianças leva um vidrinho de álcool na mochila”, detalhou a secretária, que contou que a primeira semana “não teve um grande contratempo”.

Fátima Gavioli reforçou que a decisão tem sido tomada a partir de orientações das autoridades de saúde e que, se necessário, diante de um aumento de casos e internações em função da nova onda da pandemia, poderá ser discutido o retorno do ensino remoto. “Eu estou dizendo que a Secretaria de Estado da Educação, quando diz que tem a necessidade abrir as escolas, ela está seguindo todas as orientações técnicas”, enfatizou.

Um dos motivos que apontam a necessidade do ensino presencial, para a secretaria, é a mitigação da perda de aprendizado. Fátima disse que o ensino remoto foi importante para o estudante manter o contato com o professor, mas incapaz de dar continuidade na educação de vários alunos. “Estou trabalhando para corrigir a perda de aprendizagem dessas crianças. Além disso, quanto mais tempo essas crianças ficarem fora da escola, mais a desigualdade vai aumentar”, declarou.

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