O Vila Nova Esporte Clube vem mantendo um equilíbrio no Campeonato Brasileiro da Série B. Após oito rodadas sem derrota, o Tigrão não conseguiu o triunfo sobre o Figueirense na 17ª rodada e na noite deste sábado não conseguiu emplacar uma vitória sobre o Criciúma. O colorado tem números diferentes no decorrer do campeonato, entre eles, os gols sofridos e os gols marcados. O clube goiano tem a segunda melhor defesa – perdendo apenas para o Fortaleza – com 13 gols sofridos. Já no ataque foram 16 gols marcados. Isso resulta no 3º pior ataque – perdendo para o CRB (15) e Boa Esporte (13) – ambos na zona de rebaixamento.  

A reportagem da Rádio Sagre 730 conversou com o Gestor de Futebol do Vila Nova, Felipe Albuquerque, sobre o sistema ofensivo do clube. Neste ano foram contratados cinco atacantes: Reis, Ramon, Keké, Anderson Cavalo, Lincom, Joazinho e Felipe Silva. Lincom foi suspenso após ser pego no exame anti-doping. Joaznho e Felipe Silva foram negociados com outros clubes. Os outros atletas somaram três gols na Série B.

 “Eu vejo com muita maldade. Quando criticam o ataque do Vila eles criticam de forma fragmentada. Fazem de uma maneira mostrando somente os centroavantes, mas não temos um ataque da maneira que é colocado. Temos um sistema ofensivo que é eficiente. O Alan Mineiro joga a dois anos na primeira linha do ataque e as pessoas quando vão fazer análise do ataque do Vila exclui o Alan Mineiro assim como no passado excluía o Alípio. Então, não acho que a análise é feita de forma leiga, ela é muito bem pensada para tentar diminuir o trabalho, mas isso não nos afeta. Sabemos que o trabalho é muito bem feito e entendemos que não é só o centroavante que tem que fazer gols. Uma mentira dita mil vezes acaba se tornando verdade, mas isso não norteia o nosso trabalho. Não levo isso para o lado pessoal e nem deixo isso entrar no sentimento. Acho que é muito bem pensado. Acho que as críticas são muito pesadas. Mas o que conversamos internamente sabemos que o nosso primeiro atacante é o Pasinato e o nosso primeiro defensor é na primeira linha com Cavalo e as vezes com o Ramon ou Alex Henrique. Não enxergamos o futebol dessa maneira segmentada. Nossa visão é mais ampla do jogo”, afirma. 

 Ramon é uma das peças fundamentais do ataque do Vila Nova. O centroavante realizou 24 jogos com a camisa colorada e marcou 6 gols, um na Série B. O jogador, de 27 anos, sofreu uma lesão no final do Campeonato Goiano e ficou um período afastado dos gramados. O atleta foi uma figura importante no Vila Nova Esporte Clube no decorrer do campeonato regional, onde marcou quatro gols.

 “O Ramon nesse momento vive uma oscilação. É uma atleta que sofreu uma lesão e teve um longo período de recuperação. Esse é o mesmo Ramon que começou a temporada encantando muitas pessoas. Quando o Ramon chegou ele encantou pela sua forma de jogar, pela rapidez, velocidade e pela força. Então, a minha visão não pode ser segmentada. Não posso olhar um momento e querer falar que o Ramon não serve. O Ramon entrega para nós tudo aquilo que esperamos dele. Se nós abríssemos mão dele todos os times da Série B iriam buscar ele. É um atleta extremamente profissional e descomunal. Tem velocidade e faz o movimento de infiltração como nenhum outro centroavante da Série B faz. Nós vemos valência no Ramon. Acredito bastante que ele vai continuar nos ajudando como ele está até final dessa temporada”, finaliza.