Como toda relação, o início foi um mar de rosas e com bons momentos vividos, mas o fim foi turbulento e traumático. Com vínculo até o Março com o Atlético, Bida não quis saber de esperar dois meses para decidir o seu futuro e entrou na Justiça contra o clube rubro-negro. Mais do que isso: pediu também danos morais pelo pior momento vivido dentro do clube, a punição por doping, e já conseguiu a tutela antecipada, que o deixa livre para negociar com outra equipe.

Bida ganhou férias antecipadas em Novembro e sequer terminou a Série B com o Atlético, mas como tinha vínculo, o clube esperava negociá-lo e ganhar alguma contrapartida no início dessa temporada. O jogador não quis aguardar e entrou com uma ação judicial em Dezembro. O advogado do jogador é João Vicente, advogado do Goiás e filho de João Bosco Luz, que explica como se deu a decisão parcial do juiz e o que Bida requer do Atlético.

“Nós entramos com uma ação pedindo basicamente pedindo a rescisão do contrato do Bida, com o pagamento de salários atrasados, FGTS e mais algumas coisas. Como o processo judicial tem uma tramitação muitas vezes demorada, existia a possibilidade de, no momento que propõe esse processo, pedir uma antecipação de tutela, que é onde o juiz pode conceder uma antecipação do que ele concederia na decisão final. Como o futebol é dinâmico nesse início de temporada, o atleta não poderia esperar uma decisão final”

Todo o montante que Bida exige do Atlético na Justiça gira em torno dos R$700 mil. João Vicente explicou que o caso é um pouco mais complexo por envolver uma punição por doping em Julho de 2012, que deixou o jogador parado por um ano após dois julgamentos. O advogado explica que Bida tem o direito pelo fato do Atlético ter admitido a culpa, que na época, foi atribuída a uma nutricionista do clube, que inclusive fez parte do processo e serviu de testemunha.

“Tem um detalhe nesse processo que o diferencia dos demais, que é também o pedido de dano moral. Nesse processo, ele é baseado, basicamente, por conta do processo que correu no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o qual resultou com a suspensão do Bida por um ano. Naquele processo, foi admitido pelo próprio Atlético que houve um erro, que seguindo orientação do clube, ele tomou uma substancia que tinha uma substância e que causou um transtorno a ele”, destacou João Vicente.

JovairArantes ACG thiagoMIsso não se faz

A visão do clube rubro-negro é que Bida não deveria ter feito tudo isso, pois quem mais ajudou o jogador no momento ruim foi, justamente, o Atlético. Quem garante é o vice-presidente do clube, Jovair Arantes, que entende que Bida está sendo ingrato, principalmente pelo clube ter pago os salários enquanto o volante cumpria suspensão e estava impedido de exercer a sua função.