Atlético e Goiás estão entre as 19 equipes que vão disputar o Campeonato Brasileiro da Série A deste ano, que toparam fazer seus jogos fora de Goiânia, caso as autoridades de Saúde da Capital goiana, não liberem a realização de partidas de futebol na cidade. A opção apontada é Brasília e lá a situação é muitas vezes mais complicada, em relação à pandemia, tanto que o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB) estuda a possibilidade de decretar o lockdown na Capital Federal, por tempo indeterminado. Mas penso que nossos dois representantes na Série A não precisam se preocupar, o prefeito Iris Rezende foi sensível à necessidade dos clubes goianienses voltarem aos treinamentos e isto indicia que ele será sensível ao retorno dos jogos na cidade.

A decisão sobre o início do Brasileirão das Séries A e B foi tomada na noite de quinta feira (25) numa reunião online entre a CBF, Confederação Nacional dos Clubes e os presidentes das 40 equipes que vão disputar as duas Séries. A data prevista para a bola começar a rolar é dia 8 de agosto, sábado, com a primeira rodada da Série B. No domingo, dia 9, ocorre a primeira rodada da Série A. A proposta do presidente Rogério Caboclo foi acatada por todos os Clubes. Já a possibilidade de jogar fora da cidade onde o Clube tem seu endereço, caso as autoridades de Saúde do município não autorizem a realização dos jogos na cidade, encontrou um resistente: o Athletico Paranaense não aceitou. Os outros toparam.

A CBF também destacou que o rígido controle de prevenção contra o coronavírus será obrigatório. O protocolo a seguir foi elaborado pela própria entidade e a fiscalização será intensa, com punições severas para quem descumprir algum item.

Naturalmente a entidade deve ter se informado com as empresas de aviação que fazem as linhas aéreas brasileiras e com os representantes da rede hoteleira sobre a possibilidade das duas atividades estarem funcionando até o final de semana previsto para o início dos jogos. Sem voos e sem lugar para hospedar, não tem como começar a competição.

A decisão tem meu apoio. Não é que a rigidez do protocolo que os Clubes terão de cumprir acaba com o risco do contágio da pandemia, mas o risco está por todas as partes e o protocolo o reduz muito na realização dos jogos. O funcionamento de supermercados, as aglomerações vistas nas calçadas das distribuidoras de bebidas em Goiânia, as idas às feiras livres e as caminhadas nas pistas de exercícios da nossa cidade, onde pouquíssimos adotam o distanciamento necessário, são riscos muito maiores. Então que tudo dê certo e deixa a bola rolar.