A derrota para o Goiás foi mais uma prova de que o trabalho do técnico Vagner Mancini não deu liga no Atlético. Pouca coisa, quase nada, do que ele vem fazendo tem dado resultado. Exceto a estreia contra o Flamengo, quando o time goiano goleou por 3×0, nada mais foi positivo.
Depois disto o time empatou em casa contra o fraco Sport Recife, foi goleado fora de casa pelo Internacional, que jogou com um homem a menos a partir dos 12 minutos do segundo tempo, e perdeu para o Goiás, num jogo em que o adversário não criou uma só chance de gol e marcou dois, em duas entregadas de jogadores atleticanos.
Na primeira o Éverton Felipe com a bola dominada pelo lado esquerdo da entrada da área atleticana, com dois companheiros sem marcação, um pouco à sua frente, atravessa a bola na cabeça da área, ajeitando para o chute do Daniel Bessa e a segunda, numa bola do zagueiro Oliveira, que já estava com ela nos pés, o goleiro Jean sai desavisadamente do gol, sem comunicar com o beque que tenta voltar a bola sem saber que o goleiro deixou sua posição, e entrega para o Victor Andrade fazer 2 a 0.
As estatísticas do jogo mostram que o treinador do Atlético deu conta de perder um jogo para um time com aproveitamento pífio na partida. O Goiás teve 28% de posse de bola, contra 78% do Atlético; o Goiás chutou quatro bolas ao gol contra 25 chutes do Atlético e mesmo assim o Goiás venceu por 2 a 0, sem ter criado uma só chance em todo o jogo.
Os erros do Vagner Mancini vêm se repetindo. No jogo diante do Internacional ele tirou de campo os dois melhores jogadores do seu plantel, Jorginho e Matheuzinho. No jogo contra o Goiás escalou o Éverton Felipe (que não encontrou seu bom futebol no Atlético ainda) e deixou o Matheuzinho no banco.
Se não bastasse, sem nenhuma explicação, tirou o zagueiro Gilvan da partida, para colocar o Oliveira (que por uma infelicidade acabou participando da entregada no segundo gol do Goiás).
Os equívocos chegaram junto com o técnico no Atlético. Sua primeira decisão foi de afastar o goleiro Kozlinski do time titular, para escalar o Jean. Sem nenhuma explicação. Kozlinski foi um dos destaques do time do ano passado, quando o Atlético conquistou o acesso. É ídolo da torcida e não teve nenhuma justificativa para perder a titularidade.
Se não bastasse, vem insistindo com o Éverton Felipe, ainda fora de forma física e distante da capacidade técnica que tem. O inteligente é dar um tempo para o jogador entrar em forma técnica e física e se adaptar ao novo clube, mas parece que o senhor Vagner Mancini não sabe disto, e o pior é que ele sabe.
O Atlético tem bom elenco e não merece figurar na faixa do rebaixamento, onde está. E a responsabilidade pelas atuações pífias são do treinador que escala mal, quando mexe no time consegue piorar o que já não está bem. O time não tem padrão de jogo, não tem organização tática, não tem uma só jogada ensaiada, ou seja, não está sendo treinado.
Há informação de que a diretoria não demitiu o técnico porque na quinta-feira (27) tem a decisão da vaga para a próxima fase da Copa do Brasil, contra o São José, lá no Rio Grande do Sul. No primeiro jogo em Goiânia o time campineiro venceu por dois a zero e pode até perder o jogo por diferença de um gol que passa de fase.
Erra a diretoria. A prática está mostrando que ter o Vagner Mancini sentado no banco como técnico nos dias dos jogos e nada é a mesma coisa. Melhor seria dar a mala para ele e entregar o comando técnico para a comissão técnica permanente que o Clube tem, que fez um excelente trabalho no campeonato goiano.