Naturalmente o resultado do Goiás no jogo contra o Sport Recife, quando perdeu por 2 X 1 preocupa, pois manteve o time na lanterna da Série A e mais uma vez ficou provado que o elenco esmeraldino está aquém do que o clube precisa para disputar a competição, dentro do objetivo traçado que é permanecer na primeira divisão do futebol brasileiro.

Das peças que entraram, o gringo Jara foi a grata surpresa. Procurou pelo jogo, tentou algumas jogadas individuais e quis mostrar serviço. Em contrapartida o meia Daniel Bessa, titular absoluto, voltou a decepcionar. O volante Sandro também não se apresentou bem, o mesmo acontecendo com o Rafael Moura.

Para o Rafael Moura dou o desconto de que a bola não chega a ele na área para a finalização e isto o obriga a se mexer, procurando pelos espaços nos lados do campo – ele não tem mais idade para esta movimentação que exige muito fisicamente.

Outro que voltou a cair de produção foi o ala esquerda Jefferson e este também vou dar o desconto dado ao Rafael Moura. A bola chega para o Jefferson para ser conduzida ou disputada, e em momento nenhum o camisa 10 Daniel Bessa aparece para uma triangulação ou passando a bola arredondada para ser cruzada.

Afirmo sem medo de errar que, com um camisa 10 mais qualificado, tanto o Rafael Moura quanto o Jefferson crescem de rendimento, pois individualmente sempre mostram qualidades técnicas.

Quando o Jefferson deu mostras de cansaço, o técnico Thiago Larghi o tirou do jogo e colocou Caju no seu lugar. Foi mais uma oportunidade para vermos que o Caju fica muito aquém de um ala para jogar no Goiás: não tem o tempo certo de passagem para o apoio, aquele em que aparece entre o volante e a zaga adversária pelo lado, nas costas do lateral adversário, para que quem está com a bola possa vê-lo; marca mal e quando passa a bola, não faz o passe, mas dá um chute na bola em direção ao companheiro.

Claro que não cabe aqui nenhuma crítica ao técnico por ter colocado o jogador no jogo: Thiago Larghi não conhece o elenco ainda e julgou o jogador pelo treinamento, mas um ditado antigo da bola estipula com muita propriedade, que treino é treino e jogo é jogo.

A maior preocupação veio após o jogo, quando o competente repórter setorista do Goiás, no Sistema Sagres de Comunicação, André Rodrigues colocou no ar a informação de que a diretoria do Goiás fez algumas contas e em função da desclassificação da equipe na Copa do Brasil, pelo Vasco da Gama, o clube não vai contratar, pois não tem caixa para arcar com os custos.

Ao ser desclassificado, o Goiás deixou de ganhar R$ 2 milhões e o clube contava com este dinheiro para as contratações. O Goiás recebeu outras receitas com as vendas do Michael para o Flamengo e o Léo Sena para o Atlético Mineiro, mas o dia a dia do Goiás é muito caro e jogando sem a presença do público no estádio, por causa do controle da pandemia, o Goiás perdeu a receita que ajudava no custeio da máquina mensalmente.

Esta é minha maior preocupação. Com o que tem demonstrado o elenco esmeraldino, se as contratações não vierem, dificilmente o time permanece na Série A para o ano que vem, e aí o gasto será maior para retornar depois.