Neymar desaba durante jogo contra a Suíça (André Mourão / MoWA Press)

Não existe meio termo no Brasil. É céu ou inferno. Se for no futebol, a ascensão ou queda pode acontecer em alguns minutos sem contextualizar nada do que aconteceu.

Em 2014, o Brasil conseguiu ver o sonho do hexacampeonato se transformar na maior tragédia do futebol, com o 7 a 1. Ficou clara a ideia de que precisávamos de mudanças, renovações e uma melhor preparação de todos os setores – incluo aqui também o trabalho da imprensa.

Quatro anos se passaram, mas somos exatamente os mesmos.

Inclusive, escrevi este material para o The Guardian falando como o Brasil não aproveitou o vexame de Belo Horizonte para se recuperar.

https://www.theguardian.com/football/2018/jun/17/brazil-beaten-7-1-germany-world-cup-favourites-russia

Os últimos três presidentes da CBF respondem na justiça por corrupção – um deles, José Maria Marin está preso nos Estados Unidos.

O atual é alguém sem o menor preparo para exercer o cargo máximo da CBF.

Poderoso crítico à CBF, o senador e ex-jogador Romário reforça o que penso. O grupo organiza tão mal o futebol brasileiro que se o time for campeão, o mérito será apenas de jogadores e comissão técnica.

O Brasil jamais vai tomar outro 7 a 1 em campo, pois este tipo de placar é daquelas coisas inexplicáveis no futebol.

Dentro de campo, o Brasil evoluiu bastante. Diferente de 2014, os jogadores estão em ótima fase e são protagonistas nos clubes.

Mas, fora das quatro linhas, somos os mesmos do 7 a 1.