Neymar desaba durante jogo contra a Suíça (André Mourão / MoWA Press)
Não existe meio termo no Brasil. É céu ou inferno. Se for no futebol, a ascensão ou queda pode acontecer em alguns minutos sem contextualizar nada do que aconteceu.
Em 2014, o Brasil conseguiu ver o sonho do hexacampeonato se transformar na maior tragédia do futebol, com o 7 a 1. Ficou clara a ideia de que precisávamos de mudanças, renovações e uma melhor preparação de todos os setores – incluo aqui também o trabalho da imprensa.
Quatro anos se passaram, mas somos exatamente os mesmos.
Inclusive, escrevi este material para o The Guardian falando como o Brasil não aproveitou o vexame de Belo Horizonte para se recuperar.
Os últimos três presidentes da CBF respondem na justiça por corrupção – um deles, José Maria Marin está preso nos Estados Unidos.
O atual é alguém sem o menor preparo para exercer o cargo máximo da CBF.
Poderoso crítico à CBF, o senador e ex-jogador Romário reforça o que penso. O grupo organiza tão mal o futebol brasileiro que se o time for campeão, o mérito será apenas de jogadores e comissão técnica.
O Brasil jamais vai tomar outro 7 a 1 em campo, pois este tipo de placar é daquelas coisas inexplicáveis no futebol.
Dentro de campo, o Brasil evoluiu bastante. Diferente de 2014, os jogadores estão em ótima fase e são protagonistas nos clubes.
Mas, fora das quatro linhas, somos os mesmos do 7 a 1.