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O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta quarta-feira (31) o contrato de concessão da Ferrovia Norte-Sul com a empresa Rumo, vencedora da licitação da concessão realizada em março deste ano.

No evento nesta manhã, em comemoração aos 112 anos de Anápolis, o presidente disse estar feliz com a assinatura da concessão, e destacou a confiança com as empresas responsáveis pela obra. “A maior prova de que o Brasil pode dar certo é a confiança entre nós. Eu confio em cada um dos 22 ministros que indiquei”, afirma. “O trabalho é coletivo, é de todos nós, e a confiança é muito importante, por que não dizer decisiva, nesse momento”, complementa.

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O governador Ronaldo Caiado (DEM) destacou os avanços que as regiões abrangidas pela ferrovia poderão receber. “O fator multiplicador dessa ferrovia é imensurável. A partir de agora nós teremos um Centro-Oeste. Nós teremos desde o Maranhão, Tocantins, Goiás, passando pelo triângulo mineiro, chegando a São Paulo, nós teremos a maior linha férrea capaz de democratizar a comercialização dos nossos produtos. Ou seja, nós hoje não vamos mais ficar estrangulados”, afirma.

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Bolsonaro é o terceiro presidente da República que participa de um ato relativo ao andamento da Ferrovia Norte-Sul, mas, como nos dois casos anteriores, o trem ainda não vai começar a circular. Segundo o governador Caiado, isso só deve acontecer daqui a 18 meses. “Daqui a um ano e meio, dentro dessa logística, são dois contêineres, um sobre o outro. A capacidade duplicou, a tecnologia avançou cada vez mais. E nós com isso estamos avançando e chegando na condição que Goiás precisa e o Centro-Oeste precisa”, pontua.

Dilma Roussef foi a última presidente a liderar um ato em Anápolis. Ela inaugurou em 22 de maio de 2014, o trecho da ferrovia entre Palmas e Anápolis, um projeto lançado em 1987 pelo então presidente José Sarney, retomado em 2007 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que prometeu entregá-la em 2010. Dilma atribuiu o atraso aos governos anteriores aos do PT e disse que agora a obra não atrasa mais.

Em 24 de maio de 2006, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado do senador José Sarney, inaugurou o trecho da Ferrovia Norte-Sul, no norte do estado do Tocantins. Na época, Lula sobrevoou as obras da linha férreas entre as cidades de Araguaína e Aguiarnópolis, no Tocantins. Em dezembro de 2008, o presidente petista inaugurou novo trecho, em Colinas (TO). Lula, por fim, inaugurou o trecho completo, de 1,1 mil km de Anápolis a Palmas em 30 de dezembro de 2010.

O trecho leiloado possui 1.537 km e se estende de Porto Nacional, no Tocantins, a Estrela d’Oeste, no interior paulista. O prazo de contrato é de 30 anos. O segundo fica entre Palmas (TO) e Anápolis, com 885 km de extensão. 

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O prefeito de Anápolis Roberto Naves, o governador Ronaldo Caiado, o presidente Jair Bolsonaro e ministro da Infraestrutura Tarcísio Freitas (Foto: Divulgação)

O ministro da Infraestrutura Tarcísio Freitas espera anunciar ainda este ano o início da construção da Ferrovia de Integração Centro Oeste, que ligará Campinorte, no norte goiano até Mato Grosso. 

“Nós vamos prorrogar, por exemplo, a estrada de ferro Vitória-Minas, e o pagamento da outorga vai se dar construindo a ferrovia de integração do Centro-Oeste, que vai ligar Vale do Araguaia à Ferrovia Norte-Sul, e nós vamos estar com esse contrato assinado ainda este ano, tenho certeza”, afirma.