Doutora em Estatística Espacial pela University of Sheffield (Inglaterra), Thelma Krug é o nome do Brasil para liderar o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC). A pesquisadora no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) é candidata ao comando do órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) que responde pelas avaliações científicas sobre o avanço da crise climática global.
Os balanços do IPCC servem para negociações internacionais e devem orientar as ações nacionais integradas para enfrentar o problema. A eleição está prevista para esta quarta-feira (26), na 59ª Sessão Plenária do IPCC, em Nairóbi (Quênia). Caso consiga a eleição, Krug terá mandato de 5 anos e será a primeira mulher no posto. A eleição de Thelma também representaria a primeira vez que alguém da América Latina e Caribe esteja frente do painel. A brasileira é a atual vice-presidente do IPCC.
Presente na cidade africana e no debate internacional sobre a crise climática, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, lidera uma delegação nacional reforçando a campanha pela candidatura da pesquisadora brasileira. O evento conta também com a presença da secretária-geral do Itamaraty, a embaixadora Maria Laura da Rocha.
Crise climática
Em discurso na Embaixada do Brasil em Nairóbi, Marina frisou que o Brasil renovou o compromisso com o meio ambiente. “Trabalharemos incansavelmente para unir a comunidade internacional em favor de compromissos coletivos ambiciosos, para combater o aquecimento global. Desde agora e até a COP 30, que pretendemos realizar na cidade de Belém, no coração da Amazônia”, declarou a ministra.
Brasileira
Segundo Marina, a próxima diretoria do IPCC terá a responsabilidade de conduzir os trabalhos em meio a um dos momentos mais críticos da história da humanizada, causado pela emergência climática.
Elogios
“Cientista renomada, detentora de vasto conhecimento sobre múltiplos fenômenos relacionados ao tema, a Dra. Thelma Krug reúne todas as qualidades imprescindíveis para liderar o IPCC em seu sétimo ciclo de avaliação. Caso eleita, ela será a primeira mulher e a primeira representante da América Latina e Caribe a presidir o IPCC”, disse ainda a ministra.
Força
“Esperamos contar com o IPCC forte, unido e capaz e dotar a comunidade internacional do conhecimento científico que a situação requer”, acrescentou.
Experiência
O Itamaraty e o Ministério do Meio Ambiente se articulam para que a eleição da cientista. Ela tem mais de 21 anos de experiência no IPCC e foi a primeira mulher a ocupar sua vice-presidência. Uma de suas maiores preocupações é com a velocidade das mudanças climáticas, e que os dados científicos tenham divulgação com maior frequência pelo órgão.
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*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática; ODS 15 – Vida Terrestre; e ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Fortes.