O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que houve aumento no número de eleitores brasileiros aptos a votar no exterior nos últimos quatro anos. Em 2022, serão aproximadamente 697 mil eleitores fora do país. O número é cerca de 40% maior do que o registrado em 2018, quando haviam pouco mais de 500 mil eleitores.

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Em entrevista à Sagres, a cientista política Ludmila Rosa atribui este crescimento ao aumento do engajamento dos brasileiros em geral para as eleições deste ano. Segundo ela, o nível de tensão criado pelo atual cenário político nutri o sentimento de necessidade de participação no processo eleitoral.

“Esse aumento é reflexo do crescimento do cadastramento eleitoral feito aqui no Brasil. Os eleitores brasileiros estão mais engajados nas eleições deste ano. A democracia brasileira vive atualmente um estado de tensão, com pessoas defendendo e outras sendo opositoras às ações do atual governo. Por isso, o eleitor começa a nutrir um sentimento de necessidade de participação, mesmo que de maneira mais discreta”, analisa Ludmila.

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A cientista política disse ainda que muitos brasileiros estão saindo do país para buscar outras opções de trabalho ou estudo. Ela afirma que as campanhas presidenciais deverão explorar este público e que estes votos podem fazer a diferença.

“Nos últimos anos houve um aumento no fluxo migratório de brasileiros, que buscam trabalhar ou estudar no exterior. Campanhas podem explorar, por exemplo, o que está faltando no Brasil ou o que já foi feito, para que possamos perceber um refluxo destes brasileiros. Será uma eleição muito disputada e qualquer voto pode fazer a diferença”, afirma a especialista.

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