O governador Ronaldo Caiado disse nesta segunda-feira (11) que vai endurecer as medidas de isolamento apenas nas cidades com maior número de casos da Covid-19 no estado. Goiás possui atualmente, segundo levantamento da empresa In Loco, o menor índice de distanciamento social do país

Eu tenho exatamente hoje quais são os municípios, as regiões que são mais preocupantes, com maior risco de contaminação. Temos a capital, o entorno da capital, o Entorno de Brasília, temos algumas cidades nas proximidades das rodovias federais. Então não é uma coisa genérica. Nós vamos estar agindo em um sistema de conter e de restringir mais nestas regiões, e vamos calibrando a necessidade de acordo com os dados que recebemos diariamente. Esse é o fato da nossa necessidade de poder informar a população que nós não podemos simplesmente aguardar para aquilo que nós já sabemos o que está acontecendo e em quais cidades está acontecendo”, afirmou em entrevista à Globo News.

De acordo com o governador, que defende o isolamento social como melhor solução de combate à pandemia, cidades como Goiânia e região metropolitana e Entorno do Distrito Federal poderão ter maior endurecimento da quarentena, e que o mesmo não se aplica a municípios com menos casos da doença.

No momento em que você faz uma uma restrição, uma quarentena nessas cidades, os resultados, lógico, vão repercutir para as demais cidades. Então não tem necessidade de se ter a mesma rigidez em uma cidade do interior que não tem nenhum caso de contaminação, ou que teve um caso suspeito. Nós estaríamos dosando o remédio de uma forma errada. Nós vamos saber dosar essa quarentena, esse isolamento, nas áreas que estão mais contaminadas e com maior capacidade de contaminação, ou seja, baixar essa curva nesses municípios específicos”, explica.

Águas Lindas de Goiás

Questionado sobre o Hospital de Campanha de Águas Lindas, na região do Entorno do DF, que ficou pronto no dia 23 de abril, mas que ainda não iniciou os atendimentos, Caiado disse que a unidade ainda não foi transferida à gestão do Estado por parte do governo federal.

Nós encaminhamos seis ofícios. Recebemos, no final da semana passada, ou seja, sexta-feira (8), um ofício dizendo que nós já poderíamos chamar a OS (Organização Social) para poder prestar o serviço lá. Já fizemos, só que o hospital não foi transferido. É importante que seja dito isso, o hospital não foi transferido ao governo do Estado até o momento”, afirma.

Ainda segundo Caiado, o hospital não possui aparelhagem para 40 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e que os equipamentos como respiradores e camas específicas para UTI não serão fornecidos pelo governo federal. “Todos os 200 leitos serão de enfermaria”, disse.

Goiás possui 49 mortes e 1.100 casos confirmados de Covid-19, e ocupa a 24ª posição na lista do Ministério da Saúde em número de infectados e vítimas fatais.