O presidente da Fieg, Sandro Mabel (Foto: Arquivo / Sagres Online)

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, disse nesta quarta-feira (1º) à Rádio 730 que o governador Ronaldo Caiado tem se comportado com a cabeça de médico na gestão da crise provocada pelo coronavírus. “Agora ele precisa de pensar com a cabeça de governador”, disse ao explicar que caberá ao governo decidir se vai usar ou não a plataforma criada pela Fieg e apresentada ao Estado.

O Fórum Empresarial (que reúne todas as entidades empresariais do Estado) apresentou o aplicativo ao governo na sexta-feira (27) para o “retorno responsável” das atividades econômicas no Estado a partir do dia 4 de abril, quando vencem os decretos do governador Ronaldo Caiado (DEM) de isolamento social. As entidades apresentaram a proposta à secretaria de Economia, Cristiane Schmidt. Depois o aplicativo foi encaminhado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação (Sedi). Nesta quarta-feira, será a vez de o secretário de Saúde, Ismael Alexandrino.

De acordo com Mabel, a plataforma é uma importante ferramenta que permite que o governo abra comércios onde não há registro da doença e, da mesma forma, possa fechar a qualquer momento se tiver casos confirmados. “Tem alguns estabelecimentos que não tem problema serem abertos e que poderão começar a girar a economia”, disse. “As pessoas não aguentam ficar sem salário, desempregados, as empresas fechando, quer dizer, nós precisamos dar oxigênio ou colocar no respirador as pessoas que estiverem doentes, mas temos que colocar as empresas e o emprego também”, completou.

Para o presidente da FIEG, “não adianta sair dessa pandemia com um dos menores números [de coronavírus] no país e ao mesmo tempo ser um dos maiores [afetados] em termos econômicos”. Sandro Mabel ressaltou que a cidade já começou a se movimentar e que a principal preocupação é de que empresas comecem a abrir de forma desordenada e sem critérios. “Se não abrirmos de uma forma organizada, planejada e responsável, as pessoas vão começar a abrir as lojas de qualquer jeito, sem nenhum critério, nenhuma responsabilidade para ser cumprida”, disse. “Pensamos que a pessoa tem que retomar, porém com toda orientação da Secretaria de Saúde e ao mesmo tempo com um termo de compromisso”.

Em um dos termos de compromisso da plataforma orienta que as empresas a não demitirem pessoas que se enquadrem no grupo de risco. “Temos orientado, não mande embora a gente do grupo de risco, tem que pagar o salário desse pessoal para eles ficarem em casa”, disse. Mabel ressaltou que tudo que é equilibrado funciona melhor e tem que equilibrar. “Está entregando as pessoas a sua própria sorte”.

O presidente da FIEG também ressaltou que existem 700 mil CNPJs em Goiás e que neste período de isolamento social e fechamento das empresas, “devem ter morrido uns 100 mil CNPJs” e que a tendência, caso não haja flexibilização na quarentena, é aumente. “Quando morre um CNPJ, morre 2, 3, 5 empregos juntos”, disse. “Depois vamos ver na saída o que vai acontecer, a quantidade de rastro de morte que vamos ter posteriormente, tudo isso precisa ser medido como já vimos em outros países”, disse se referindo as empresas do Estado.

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