Sagres em OFF
Rubens Salomão

Caiado rebate presidente da FIEG e condena discurso com “má fé” e “distorção da realidade”

O governador Ronaldo Caiado (DEM) respondeu ontem vídeo publicado no sábado (13) pelo presidente da FIEG, Sandro Mabel, em que o ex-deputado federal o critica por não ter ainda efetivado a compra de vacinas com recursos próprios da gestão estadual.

Mabel apresenta cálculos aproximados que apontam custo de 1,5% da despesa prevista para 2021 (R$ 495 milhões do total de R$ 34 bilhões) para a compra de 3 milhões de vacinas, considerando já tanto a primeira quanto a segunda dose, ao preço de R$ 165 para cada pessoa imunizada.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás afirma que “o recurso não é do governador, mas de todos os goianos que pagam impostos” e ainda que Caiado “não está tendo a coragem de comprar” as vacinas. Mabel, no entanto, não fez qualquer cobrança ao governo federal, que mantém ritmo lento na compra dos imunizantes.

Em texto de resposta, postado nas redes sociais, o governador se dirige aos membros da FIEG e afirma ser “inadmissível que qualquer pessoa ou entidade procure fazer um uso político dessa tragédia”. Segundo Caiado, “o atual presidente da Fieg, Sandro Mabel, usa de má fé e distorce a realidade, pegando uma frase descontextualizada”.

O governador lembra que foi o primeiro gestos estadual a enviar projeto para a compra própria de vacinas e que o processo de aquisição depende principalmente da integração entre municípios ou estados, com foco no trabalho do Fórum de Governadores.

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Direta

Ronaldo Caiado ainda critica a rejeição de empresários à medidas restritivas e escreve que “assinar uma intenção de compra de vacina não requer coragem. É preciso coragem para tomar as medidas necessárias à preservação da vida, mesmo sabendo que elas são impopulares”.

Cobrança nacional

Na mesma resposta, Caiado postou ofício enviado pelo Fórum de Governadores ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que pede, com urgência, a regulamentação de Lei Federal que regulamente a compra de vacinas por estados e municípios. O documento volta a reforçar que as doses adquiridas serão enviadas ao Plano Nacional de Imunização (PNI/SUS).

Chamada

A médica goiana Ludhmila Hajjar confirmou o convite recebido do presidente Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Saúde. A cardiologista, especializada no combate à covid-19, conta com o apoio de parte do Centrão e, principalmente do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL).

Respaldo político

“Coloquei os atributos necessários p/ o bom desempenho à frente da pandemia: capacidade técnica e de diálogo político com os inúmeros entes federativos e instâncias técnicas. São exatamente as qualidades que enxergo na doutora Ludhmila”, postou o presidente da Câmara, ainda ontem, nas redes sociais.

Subiu no telhado

Ludhmila era considera favorita para assumir o cargo, depois do pedido de demissão de Pazuello. No entanto, aliados fizeram chegar ao presidente um áudio da médica em que ela o chama de “psicopata” e reforça críticas já conhecidas à omissão do governo federal e ao tratamento precoce. Com isso, a médica perdeu a preferência na escolha.

Concorrência

Ainda estão na lista o cardiologista Marcelo Queiroga, que também conversou com  Bolsonaro. Ele é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Outro considerado é o deputado federal Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), o “Dr. Luizinho”.

Medidas novas

O secretário estadual de Governo, Ernesto Roller, usou o Twitter para criticar a decisão do prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha (MDB), de afrouxar as medidas de isolamento social e liberar o funcionamento escalonado por regiões do comércio a partir desta segunda-feira.

Avaliação

“A FIeg assumiu a prefeitura de Aparecida? O que mudou? Parece que o prefeito se submeteu aos interesses que não significam a defesa da vida”, questiona Roller.

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