O governo indiano apresentou um relatório com dados da onda de calor com temperaturas extremas que terminou recentemente no país. No total, foram 203 dias de calor intenso, com os termômetros chegando a marcar 49º C em Nova Délhi. Segundo o site rfi, caso o aquecimento global faça a temperatura subir mais 2° C será impossível trabalhar ao ar livre em parte do país.

No país, a onda de calor é declarada quando as temperaturas baixas ultrapassam 45º C por dois dias consecutivos. O número de dias com registro de calor extremo foi cinco vezes maior em 2022, se comparado com 2021. Os dados obtidos no país estão de acordo com as projeções do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da Organizações das Nações Unidas (ONU), que alerta para o fato da Índia ser uma das áreas mais afetadas pelo aquecimento global.

Ainda segundo o rfi, o norte da Índia será a região mais atingida, com Rajasthan ou Punjab, fronteira com o Paquistão, com previsão de 25 dias de temperaturas extremas durante quatro meses, seis vezes mais do que no ano de 2021. O governo do país trabalha com um plano de ação nacional de Saúde para esse tipo de emergência, mas há dificuldade na implementação.

A urbanização descontrolada é um dos motivos para o aumento das temperaturas, pois cria “ilhas de calor”. Diante disso, as autoridades indianas precisam construir torres de concreto, que prendem o calor, equipadas com ar condicionado, Mas há um porém, estes aparelhos liberam o calor na cidade. Assim, pessoas que moram em favelas, em casas mal ventiladas, acabam sendo as primeiras vítimas do calor.

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