Rodrigo Andrade, analista de testes, trabalha há um ano e meio em home office. Para ele, foi uma mão na roda. “Para o meu estilo de vida, acho que é a melhor coisa que aconteceu porque o tempo que eu perdia no trânsito, por exemplo, eu posso dormir mais ou acordar mais cedo e fazer uma atividade física, que antes não tinha tempo”, conta.

Confira a reportagem na íntegra:

Terminando o curso de Administração, Rodrigo faz parte da estatística levantada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em que considerou que 95% das vagas de trabalho remoto foram preenchidas por profissionais com pelo menos o ensino médio completo.

O problema é que com esse resultado, 50% da população brasileira fica de fora. Para Virgílio Marques, especialista em Processos e Fabricação das empresas, o mercado tem exigido mais capacitação. “Operação, suporte a uma linha de produção, fabricação, mesmo no campo ficou impossível a questão do home office. Ficam no home office mais as funções de analista, que pegam dados e documentos, processam, executam rotinas com sistemas e têm resultado do trabalho”, explica.

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O estudo aponta ainda que 62% dos profissionais que trabalham remotamente, tem ensino superior completo ou pós-graduação e que 72% têm idade entre 20 a 49 anos. Com a implementação do 5G, que já é realidade no Brasil, o mercado tende a aquecer as vagas para o teletrabalho. Com isso, a baixa escolaridade deve atingir ainda quem procura por essa modalidade.

“Se você tiver políticas públicas para retreinar os profissionais que estão disponíveis no mercado ou que estão a margem da sociedade e do mercado, e com a implementação de uma rede 5G forte, você vai conseguir estar em qualquer lugar do país com uma internet de altíssima velocidade e com pessoas capacitadas pelas tecnologias do futuro, daremos saltos bem maiores”, argumenta Virgílio.

Apesar da condição escolar ser favorável ao Rodrigo, ele teve que ralar muito para conseguir trabalhar de casa. “Meus resultados foram excelentes mesmo estando em casa e a empresa decidiu conversar comigo e ver a minha opinião sobre trabalhar em casa. Eu, sem pestanejar, aceitei”, finalizou o analista de testes.

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