Um estudo conduzido por 14 anos mostra que o Cerrado está ficando pobre em biodiversidade e mais vulnerável às mudanças climáticas. A principal causa da perda da vegetação e savanização do bioma é a falta de manejo adequado. A situação está transformando o Cerrado em um “cerradão”, ou seja, numa extensa porção de território com espécies típicas e generalistas.

O estudo questiona se o “cerradão” será capaz de preservar a biodiversidade do Cerrado? Em 14 anos, os pesquisadores observaram uma área amostral de 10,24 hectares numa Unidade de Conservação Estação Ecológica de Assis, em São Paulo. A pesquisa foi realizada por Francisco Ferreira de Miranda Santos, Ricardo Ribeiro Rodrigues, Miranda Santos e  Giselda Durigan, todos do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp).

Os pesquisadores escolheram a Estação Ecológica de Assis porque ela está protegida do fogo há 60 anos. Todo esse tempo sem queimadas regulares causou um adensamento de árvores que cresceram com uma estrutura modificada, o que consequentemente alterou a composição das espécies nativas do local.

O tempo revela a biodiversidade

Os 14 anos consideraram a história que a própria natureza conta de si mesma, com as mudanças provocadas por calor, frio, chuvas (escassas ou em excesso), vendavais, luz, água e nutrientes. Com isso, então, os pesquisadores coletaram dados de diferentes ocasiões nesse tempo. 

Um dos resultados da pesquisa é que metade das árvores que existiam no início já haviam morrido ao fim dos 14 anos. Portanto, os pesquisadores questionaram se isolar fragmentos naturais do Cerrado é suficiente para preservar a sua biodiversidade.

*Com o portal CicloVivo

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática.

Leia mais: