Em um novo estudo publicado pela revista científica Science Robotics, uma equipe de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) conseguiu realizar um feito inédito: a impressão em 3D de um modelo exato de um coração humano.

Para tal, os pesquisadores utilizaram exames de imagem para mapear um modelo tridimensional do órgão e replicá-lo com exatidão em uma impressora 3D utilizando um polímero, o modelo era capaz, inclusive, de simular os batimentos cardíacos.

De acordo com o cardiologista Dr. Roberto Yano, o novo procedimento pode revolucionar os tratamentos de doenças cardíacas e aumentar exponencialmente o arsenal terapêutico.

Com essa nova possibilidade de imprimir um modelo exato do coração do paciente será possível ter acesso a informações muito precisas, e que combinadas com os exames já existentes, permitirão aumentar a precisão do diagnóstico e de cirurgias cardíacas, tornando-as menos invasivas, uma vez que será possível, inclusive, simular o procedimento anteriormente para analisar e reverter possíveis complicações” Explica.

No entanto, Dr. Roberto Yano pondera que ainda são necessários avanços para que a tecnologia se torne mais barata e acessível.

Ainda é necessário desenvolver melhor a tecnologia de impressão 3D para uso na cardiologia, já existem outros procedimentos que utilizam o equipamento, mas são igualmente caros e inacessíveis à comunidade médica em geral, são necessários maiores investimentos na área, os benefícios para a saúde dos pacientes são incalculáveis”.

Em 2019, cientistas já haviam conseguido reproduzir um modelo mais simples de coração utilizando a impressão 3D e biotecnologia, utilizando tecidos simples feitos com células-tronco, o órgão artificial conseguiu reproduzir as válvulas e vasos sanguíneos, mostrando que existem grandes possibilidades para a tecnologia.

Recusas são principal obstáculo em Goiás

De acordo com relatório da Estatística Geral de Doação e Transplantes de Órgãos em Goiás, da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), a integridade do corpo e a demora no processo estão entre as principais causas de recusa no cadastro como pessoa doadora de órgãos no Estado.

Nos dois primeiros meses do ano, o Estado fez duas captações de coração, três de fígado e 27 de rins para transplante. Destes últimos, quatro foram descartados.

De acordo com a SES-GO, “Todo indivíduo que tenha a confirmação do diagnóstico de morte encefálica e possua critérios de elegibilidade para doação de órgãos e/ ou tecidos será ofertada à família a possibilidade da doação. Esta, por sua vez, poderá consentir ou recusar a realização do procedimento”. Ainda de acordo com a Pasta, “as recusas à doação, a despeito de todas as campanhas de conscientização e incentivo à doação de órgãos e tecidos, ainda apresentam elevadas taxas”.

Com informações da MF Press Global 

Leia mais