Otávio e Júlia se divertiram bastante nessa exposição. Mas se você prestar atenção, ela tem uma proposta interessante. A ideia é trazer uma experiência imersiva, onde o público sente na pele como é a vida de uma pessoa com deficiência. “Foi diferente porque na bengala dá para sentir os pisos, foi difícil. Mas com treino dá certo”, comentou o estudante Otávio Barbosa.

Confira a reportagem na íntegra:

Exposição Cidade+Arte Acessível é uma experimentação sobre acessibilidade, diversidade e inclusão. Por meio de rampas, piso tátil e instalações artísticas, as pessoas têm uma experiência sensorial. A exposição também traz conteúdo audiovisual acessível na Língua Brasileira de Sinais (Libras), áudio descrição e diversas outras ferramentas.

“Essa é uma experiência sensorial, mais focada nos pés para que as pessoas façam a experiência como deficientes visuais. Tem quatro modalidades: um cascalho, madeira, brita e uma grama sintética”, explicou João Pedro de Assis, mediador da exposição.

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Segundo a organizadora, Juliana Câmara, a ideia é conscientizar as pessoas através da experiência de cada um. “As pessoas sem deficiência podem vivenciar de uma forma simples um pouco do que as pessoas com deficiência vivem em uma cidade”, disse. A exposição é realizada desde 2014.

A professora Carolina Dinizio trouxe a turma do colégio para conhecer, mas também quis participar. “A sensação que fica é de insegurança, incerteza se vou cair ou deslizar. Ainda não estamos acostumados com os objetos, então o manuseio da bengala, por exemplo, ficou complicado”, comentou. À reportagem, a professora destacou que a experiência é semelhante ao trabalho feito dentro das escolas. “A exposição é riquíssima e combina muito com o trabalho que a gente faz com as crianças, de vivência, de sentir na pele”, arrematou Carolina.

A exposição ocorre no Sesc Faiçalville, em Goiânia. Começou nesta terça-feira (9) e vai até sexta (12), das 10h às 17h. Na semana que vem continuará no Sesc Anápolis. “No último dia da exposição, em Goiânia, ainda terá uma roda de conversa para falar um pouco do seu dia a dia. É um evento gratuito para todas as idades e todas as pessoas”, ressaltou Juliana Câmara.

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