Sagres em OFF
Rubens Salomão

Com licitação suspensa, Goiânia renova contrato de semáforos e radares por 12 meses

A Prefeitura de Goiânia definiu pela renovação de contrato com empresa responsável por semáforos e lobadas eletrônicas por mais 12 meses. A prorrogação, que será publicada na edição desta sexta-feira (03) do Diário Oficial do Município (DOM), a ocorre diante do encerramento nesta semana do vínculo anterior da Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) com a empresa Eliseu Köpp & Cia Ltda, que teve até agora pagamentos de R$ 72,5 milhões. O contrato inicial, assinado em 2017, estabelecia prazo de cinco anos, por R$ 61,4 milhões.

A nova prorrogação do serviço foi necessária diante da manutenção de irregularidade apontadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM/GO), que determinou em fevereiro a interrupção da licitação que buscava contratar nova empresa para ampliar a modernizar os sistemas e estruturas da cidade. A medida cautelar do TCM acata denúncia feita pela empresa Splice Indústria Comércio & Serviços sobre o tipo de procedimento licitatório escolhido pela Prefeitura. Avaliação é de que o sistema de registro de preços não é adequado para “serviços complexos de engenharia”.

Com a renovação do contrato vigente, a SMM tem até 12 meses para regularizar a situação e realizar a seleção pública, sem que os semáforos e radares deixem de funcionar, já que nova prorrogação não será possível em 2023. Até lá, os pagamentos à Eliseu Köpp serão feitos retroativamente a cada mês de trabalhos, com valores que podem chegar a até R$ 14 milhões. A nova licitação, suspensa pelo TCM, prevê aumento do número de pontos fiscalizados no trânsito de Goiânia, de 258 para até 325. Atualmente, 193 estão em funcionamento.

Secretário Municipal de Mobilidade, Horácio Melo, em entrevista coletiva. Foto: Samuel Straioto.

Serviço

Além dos semáforos e radares, o edital também trata de videomonitoramento do trânsito, pesagem dinâmica e a montagem de um Centro de Controle Operacional para a SMM.

Concorrência

A Splice, que questionou o processo, já havia tentado, sem sucesso, prestar o serviço na licitação realizada em 2016. No ano passado, venceu uma parte do pregão realizado pelo governo estadual para o mesmo tipo de serviço.

Foto: Goinfra

Primeiro passo

Os deputados estaduais aprovaram ontem, em primeira votação, projeto que revoga a autorização para que o estado privatize a concessão de rodovias estaduais, com consequente instalação de pedágios.

Desinteresse

Depois de tentativas insistentes no início do mandato, o autor do projeto, deputado Alysson Lima (PSB), agora percebe facilidade para aprovar matéria, diante de desinteresse do governo de Ronaldo Caiado (UB) em relação à possibilidade de terceirização. A processo passava por estudos na Goinfra, mas não encontrou efetiva viabilidade financeira para que empresas se interessassem por rodovias goianas.

Outro momento

A proposta para revogar a possibilidade de pedágios nas rodovias estaduais chegou a ser aprovada na Alego em 2019, mas foi vetada pelo governador Ronaldo Caiado.

Posto de combustíveis (Foto: Fernando Frazão/ABr)

No bolso

Enquanto Caiado aponta que não pretende articular contra projeto que reduz a cobrança de ICMS sobre os combustíveis, o senador Fernando Bezerra (MDB-PE) avança nas negociações e a matéria deverá ser votada na próxima semana. O governador goiano afirmou à Sagres que pretende cumprir o que for decidido, sem “queda de braço”.

Articulação

O relator teve nova rodada de conversas com representantes dos secretários de Fazenda dos estados sobre a possibilidade de limitar a aplicação de alíquota do Imposto sobre combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.

Prazos

“Eles [os secretários de Fazenda] preferem avançar no entendimento para que o relatório que a gente venha a produzir possa ser apreciado antes do dia 14. Para que esse relatório, apoiado e aprovado aqui no Senado, possa ser a base para um amplo entendimento que se pretende em uma nova reunião de conciliação no próximo dia 14”, disse Bezerra após o encontro.

Foto: Rosinei Coutinho/20.fev.2020/STF

Contra extremos

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes incluiu o Partido da Causa Operária (PCO), de extrema esquerda, no inquérito das fake news e determinou o bloqueio das redes sociais da sigla.

Ataque

O próprio PCO revelou a informação no Twitter – enquanto ainda tem a conta. “URGENTE: Alexandre de Moraes, o skinhead de toga, acaba de decretar o bloqueio de todas as contas do PCO após a crítica ao autoritarismo do STF. Está escancarada a ditadura dos 11 ministros que não receberam um único voto. Pela dissolução imediata do STF”, escreveu o perfil oficial.

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