O Estado de Goiás soma mais de 1 milhão de casos confirmados de Covid-19 desde o início da pandemia. Em relação aos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Goiás tem taxa ocupação em 76,86%, enquanto os leitos de enfermaria estão em 54,37%. Os dados são do boletim integrado do Estado, Prefeitura e Ministério Público.

A pouco menos de 20 dias do Carnaval e com a variante Ômicron, altamente transmissível, a preocupação com a ocupação dos leitos e sobrecarga do Sistema Único de Saúde (SUS) se tornou inevitável. Em Goiânia, a ocupação chega a 72,63% dos leitos de UTI e 51,22% dos leitos de enfermaria. Aparecida de Goiânia também apresenta média similar ao do Estado e da capital.

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“Hoje nós temos uma ocupação de 43% para enfermaria e para as UTI está em torno de 70%. Temos no município 92 leitos de UTI. A taxa de ocupação está abaixo de 50%. Há 15 dias chegamos a 80% a taxa de internação. Do último final de semana para cá vimos um decréscimo na internação”, afirma Luciano Moura, superintendente de Regulação de Aparecida.

De acordo com o superintendente, a vacinação tem sido fundamental para segurar o aumento de internações no município, já que antes da Ômicron havia menor contaminação, mas maior demanda por leitos. Além disso, a maioria dos que estão internados não estão com o esquema vacinal completo ou sequer foram vacinados.

“A gente já sabe que, muitas vezes, a vacina não te protege 100% de não pegar a doença, mas ela protege em sua grande maioria contra a formas graves da doença, que é a nossa maior preocupação. Cerca de 76% dessas pessoas [internadas] não completou o esquema vacinal”, ressalta Luciano Moura.

Mesmo com a Ômicron apresentando menor risco de provocar casos graves da Covid-19, Aparecida não exclui a possibilidade de ampliar leitos caso necessário. “Diuturnamente a gente avalia a ocupação e, se necessário, a gente faz a abertura de mais leitos. Tivemos em outros momentos da pandemia uma quantidade de leitos bem maior do que temos hoje, chegamos a ter 180 leitos de UTI e hoje, com 92 leitos, conseguimos manter essa taxa de ocupação”, destaca.

Ainda conforme o superintendente, os idosos e pessoas com comorbidades continuam sendo os mais afetados pela Covid-19, mesmo pela variante Ômicron. “90% dos pacientes internados nas UTI são idosos ou com comorbidades, e sem o esquema vacinal completo. Então, toda a população precisa se vacinar e precisamos continuar mantendo o olhar para os idosos”, reforça Luciano Moura.

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