A final do Campeonato Goiano de 2021 não passou ilesa. Assim como em muitos jogos do estadual, a final entre Vila Nova e Grêmio Anápolis também teve lances polêmicos que contestaram a atuação da equipe de arbitragem. Na primeira partida no Estádio Jonas Duarte o time da casa reclamou de um pênalti não marcado, enquanto os visitantes queriam a expulsão do atacante Ronald.

No confronto da volta no Onésio Brasileiro Alvarenga, o colorado reclamou de um gol anulado marcado por Kelvin quando a Raposa vencia por 1 a 0. Na ocasião o árbitro de vídeo chamou Elmo Resende para analisar uma possível falta de Pedro Júnior no volante Lúcio no início da jogada. Após a revisão na cabine do VAR, o dono do apito considerou lance faltoso do atacante vilanovense a anulou o gol.

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“Eu estava próximo ao lance e inicialmente achei que a falta não tinha acontecido. Depois, quando vi o replay da jogada, o Pedro Júnior ele chuta a perna do Lúcio. O Elmo (Resende) deixou o lance seguir porque esse é o protocolo, depois o VAR com um árbitro e dois assistentes, entendeu que houve a falta e por isso chamou. Achei que foi uma boa correção e que eles (árbitros) devolveram a justiça para o lance. Eu vi a jogada várias vezes, o Pedro Junior chuta a perna do adversário e eu achei que foi falta”, disse o presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Goiana de Futebol, Júlio César Motta.

Mesmo entendendo que Elmo Resende tomou a decisão acertada ao não validar o primeiro gol do Tigre, o coronel vê margem para as interpretações que consideram que a intensidade do toque de Pedro Júnior no defensor do Grêmio Anápolis não foi suficiente para a marcação de uma infração.

“Nesse caso é exatamente a intensidade que deixa a margem para uns acharem que foi falta e outros que não foi. Continuo acreditando que é a grande dúvida (a intensidade) e será para sempre, porque não se pode mensurar a questão da intensidade. Houve o toque, ele é perceptível e eu achei que foi uma intensidade faltosa”, afirmou.

Outro lance duvidoso aconteceu nos minutos finais, quando o duelo estava empatado por 1 a 1, e Rafael Donato supostamente foi derrubado pelo zagueiro Luizão dentro da área. No entanto, em entrevista ao Jornal O Popular após a derrota, o atleta do Vila Nova revelou que não sofreu pênalti na jogada duvidosa.

“A decisão da revisão é do árbitro, sempre dele, ás vezes o próprio VAR pode checar. Particularmente eu acho que o ideal é checar lances que ele (árbitro) tenha dúvida, só que nesse caso ele não teve dúvida. O próprio Rafael Donato informou que não foi tocado e que não foi pênalti. O árbitro teve essa certeza na hora e se olhar na imagem, até o próprio comportamento do jogador na hora. Acho até que o Rafael (Donato) foi muito consciente e honesto no lance. Então acho que não faria diferença (chamar o VAR)”, explicou o Coronel Motta à Sagres.