O desejo da maternidade tem dividido espaço com outras formas de realização. Mulheres têm priorizado estudar e construir uma carreira profissional promissora antes de ter um filho. No entanto, na hora de colocar o plano em prática, os anos já se passaram e o sistema reprodutor já não é mais o mesmo, principalmente se não houver cuidados com a saúde do corpo e a alimentação.

“O principal desafio das mulheres é que nosso ovário envelhece conosco. Quando somos fetos e estamos dentro da barriga de nossas mães, os nossos óvulos já estão formados. E a gente precisa cuidar bem da nossa saúde se a gente pretende ter filho mais tarde. O tabagismo, por exemplo, pode tirar anos férteis, pode acabar com o nosso ovário antes do tempo”, afirma a médica ginecologista e obstetra, Carla Iaconelli, em entrevista à Sagres TV nesta segunda-feira (17).

A idade avançada, no entanto, não é impeditivo para se ter filhos. Segundo Carla Iacotelli, a gravidez tardia ocorre após os 40 anos. Uma opção é o congelamento dos óvulos. “O ideal é que faça antes dos 35 anos, mas não há uma idade limite. Enquanto ela tiver óvulos, pode congelar”, esclarece.

Quanto mais cedo for feito o congelamento do óvulo, menor o risco de o feto desenvolver doenças como a síndrome de Down. Outra opção, caso não haja possibilidade de congelamento, é utilizar óvulos de uma doadora mais jovem.

Segundo a Carla Iacotelli, que também é especialista em Medicina Reprodutiva, Maternidade Tardia, Saúde Feminina, Fertilização In Vitro, quanto maior a idade da mulher, maiores os riscos obstétricos aos quais ela fica sujeita durante uma gravidez. Ela acrescenta a necessidade de um maior cuidado com o pré-natal.

“Tem de ser um pré-natal mais cuidadoso, porque aumenta o risco de eclâmpsia, de diabetes gestacional, de trabalho de parto prematuro, de alterações placentárias, tudo isso vai piorando com a idade da mulher”, conclui.

Saiba mais na entrevista a seguir com Carla Iaconelli a partir de 01:20:00