Tito Alves de Sena, maratonista paralímpico, medalhista de ouro nos jogos de Londres em 2012, prata em 2008, Pequim, e bronze como atleta-guia no Rio de Janeiro em 2016. Antes de fazer história na modalidade, o brasiliense de 56 anos sofreu um acidente em 2003. Apesar disso, de acordo com o atleta, o ocorrido mudou a vida dele.

Assista ao Arena Repense na íntegra:

“Eu já era atleta e trabalhava em uma fábrica, treinava e competia normal. Até que no ano de 2003, eu sofri um acidente de trabalho e estava me preparando para o Pan-Americano de Santo Domingo [República Dominicana]. Eu estava muito bem como atleta convencional e quando teve o acidente foi a gota d’água”, relembra em participação no Arena Repense dessa quinta-feira (13).

No acidente, Tito teve o braço comprimido e passou por inúmeras cirurgias. Ele recorda que sofreu muito psicologicamente e até abandonou o esporte por conta do ocorrido.

“Para mim era o fim do mundo, entrei em depressão, ganhei mais de 15kg. Um já é muito para um atleta, agora imagina 15. Não foi fácil, uma pessoa que trabalhava, estudava, treinava. Mas, alguns amigos começaram a me incentivar para ser um atleta paralímpico e comecei com uma caminhada. Entrei em forma e comecei a competir”, destacou.

Superação

Nesse sentido, após o acidente, o maratonista Tito Alves de Sena passou a ser atleta paralímpico. De acordo com ele, o esporte mudou sua própria vida.

“Tive condição de melhorar a condição de vida da minha família, comprar uma casa, um carro, tudo pelo esporte. A princípio, não foi fácil para mim, mas depois que fui crescendo o esporte mudou completamente minha vida. Sou muito grato a Deus por ele ter me dado forças”, revela.

Em 2006, Tito Alves de Sena recebeu a convocação para a Seleção Brasileira da modalidade, foi disputar o Campeonato Mundial e venceu. Segundo ele, tudo começou nessa época, superação que ele ainda teve que enfrentar na vida pessoal e até mesmo durante a prova das Paralimpíadas de Pequim, em 2008. O atleta conta que sofreu uma lesão, mas continuou a competir.

“Eu corri 14km com uma tendinite no Tendão de Aquiles, que rompeu no km 28. Faltando um mês para as Paralimpíadas, minha esposa teve um aborto natural. Não foi fácil essa competição em Pequim, mas Deus me deu forças e ela, por tudo que passou, também me deu força”, ressalta.

Assista ao Arena Repense na íntegra pelo link acima.

*Esse conteúdo está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU 10 – Redução das Desigualdades

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