O deputado estadual e vice-presidente do parlamento goiano Hélio de Sousa é uma das lideranças dos Democratas em Goiás. Em seu quarto mandato na Assembleia, ele defende que o partido siga no apoio a Marconi Perillo na eleição para governador em 2014. O parlamentar pretende concorrer à reeleição no próximo ano, por entender que não tem votos suficientes nem capital para investir em uma candidatura a deputado federal.

Ronaldo Caiado, principal nome do DEM no Estado, quer concorrer ao governo. Hélio diz que respeita a posição do líder da legenda em Goiás, mas, que entende que os Democratas sigam na aliança com o PSDB, indicando um dos integrantes da chapa majoritária. A preferência dele é pelo cargo de vice, mas não descarta um representante do partido disputar uma cadeira no Senado.

Sobre a própria vida política, Hélio diz que a tendência é que novamente concorra a uma vaga na Assembleia. Segundo ele, existem vários fatores que o impossibilita que ele dispute uma das 17 cadeiras goianas na Câmara Federal. O principal deles é o aporte financeiro, que o deputado revela não ter.

Brasil
Nacionalmente, os Democratas perderam espaço no Congresso com o surgimento do Partido Social Democrático (PSD), que conta com vários dissidentes da legenda. Hélio admite que o DEM chegou a um estágio crítico após as eleições de 2010, mas diz que os pleitos municipais deram um alento a sigla, principalmente pela vitória de ACM Neto, em Salvador.

Para as eleições de 2014, o deputado goiano não descarta a chance do DEM lançar um candidato próprio, porém a possibilidade maior é que a sigla apoie o indicado do PSDB.

CPI Cachoeira
Hélio de Sousa é vice-presidente da Assembleia e também da Comissão Particular de Inquérito (CPI) que apura a relação entre a Construtora Delta e o Estado. De acordo com o deputado, a intenção era analisar quatro pontos: os contratos da empresa com prefeituras goianas; o contrato para exploração de jogos em Goiás por parte do grupo de Carlinhos Cachoeira (Gerplan); a contravenção e a relação com agentes públicos; e os contratos com o governo estadual.

Os resultados da CPI não entusiasmam nem mesmo o vice-presidente. Segundo ele, como o contrato com a Gerplan já havia sido encerrado então não produzirá muita coisa. Em relação ao relatório sobre os contratos com a prefeitura, o deputado lamenta a interferência da justiça, que bloqueou a investigação. No caso dos contratos com o governo estadual, ele garante que o relatório será apresentado completamente.

Sede da Assembleia
A casa do poder legislativo em Goiás fica sobre a nascente do Córrego Buritis, no Setor Oeste, em Goiânia. Pressões de entidades ligadas à defesa do meio ambiente, e até mesmo da sociedade, tem feito com que os deputados pensem em mudar a Assembleia de local.

Segundo Hélio de Sousa, seria muito ruim para a sociedade demolir um patrimônio como a Assembleia Legislativa. Ele entende que no local poderia ser destinado para algum órgão de defesa do meio ambiente.