Sagres em OFF
Rubens Salomão

CPI da Saúde: Governo articula revogação de ato e exonera servidora convocada

Instalada desde o dia primeiro de junho, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, na Assembleia Legislativa, só entrou no radar da base governista e do próprio Palácio das Esmeraldas ontem, quando a oposição conseguiu manobrar para, no mesmo dia, apresentar lista de membros e realizar primeira reunião. Dos 10 membros, entre titulares e suplentes, oposição e base tinham cinco indicações cada, na formação revogada nesta quinta-feira (09). A reação governista levou o presidente, Lissauer Vieira (PSD) a reiniciar o ato de instalação da CPI.

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“De fato não está respeitando a proporcionalidade por dois motivos: primeiro que o MDB tem direito a uma vaga e não está aqui. E segundo porque também não foi respeitada a publicidade de encaminhar o pedido e os deputados líderes das bancadas encaminhar os nomes indicados por cada bancada. Foi um erro dessa Mesa Diretora. Nós estamos assumindo essa falha e por isso estamos revogando o decreto”, comunicou o presidente da Casa, durante a sessão.

Além da articulação para revogar a formação da Comissão de Inquérito, a reação do governo inclui a exoneração de pelo menos uma das cinco convocações aprovadas pelos ex-membros. A agora ex-superintendente do Complexo Regulador em Saúde de Goiás, Neusilma Rodrigues, teve a exoneração publicada na edição de quarta-feira (08) do Diário Oficial do Estado.

Cancelado

A intenção do governo é anular todos os atos aprovados pelos ex-membros. Seja por ato da presidência, o que ainda tem legalidade analisada pela Procuradoria da Casa, ou por meio de votações da própria CPI, mas com a nova formação, que terá maioria governista.

Ataques repetidos

Em encontro do União Brasil e partidos aliados nesta semana, o governador disparou contra o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), sem citá-lo diretamente. Os ataques ocorrem em momento de intensa articulação para que o tucano seja mesmo candidato ao governo.

“Roubo”

“Um governo, antes de tudo, tem de ser humanitário, tem de tratar vidas, tem de dar dignidade para todos os 7,2 milhões de goianos. Quem rouba dinheiro de escola, de saúde, de segurança, de programa social, não pode ir para a urna”, declarou o governador. Caiado retoma discurso de que herdou a gestão, em 2019, com R$ 6,8 bilhões em dívidas de curto prazo e sem recursos para quitar a folha dos servidores.

À disputa

“Não existe eleição ganha. A eleição tem de ser trabalhada. E de uma coisa podem ter certeza: não existe lugar nenhum em Goiás a que se chegue e não tenha uma obra e a presença do governo. E tem outra coisa: as menores cidades, onde ninguém acreditava que chegaríamos, todas elas estão sendo atendidas, principalmente com nossos programas sociais”, discursou Caiado ao pedir empenho total à militância dos partidos da base governista.

Presença

O ex-senador e vereador por São Paulo, Eduardo Suplicy (PT), estará em Goiânia nesta sexta-feira (10) para participar de audiência pública na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), às 14h. O debate, promovido pelo vereador Mauro Rubem (PT) e a deputada estadual Adriana Accorsi (PT), será sobre a Renda Básica de Cidadania, projeto defendido há mais de 30 anos por Suplicy.

Livro

Além de participar da Audiência Pública, Eduardo Suplicy também lançará seu novo livro, Um novo jeito de fazer política, às 19 horas, na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás (UFG). As duas agendas são abertas ao público.

Esquerda

O PT de Goiás adiou mais uma vez o encontro estadual, antes previsto para este sábado (11). A reunião agora não tem data para ser realizada. A expectativa era o anúncio da indicação do pré-candidato do partido para a federação (PT, PV, PCdoB) em busca de consenso disputa ao governo. O adiamento ocorre por orientação do diretório nacional do Partido dos Trabalhadores.

Fatores

“Considerando que as teses, que seriam debatidas no Encontro, envolvem partidos que integram a coligação nacional e amplo leque de alianças que está sendo construído em torno da candidatura do Presidente Lula e que é necessário ampliar os entendimentos com estes partidos e lideranças políticas sobre a construção dos palanques estaduais, é que se decidiu por continuar os diálogos na busca da melhor tática eleitoral”, informa nota assinada pela presidente Kátia Maria.

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