Foto: Samuel Straioto/Arquivo/Sagres On

Instalada em 14 de março, a CPI que vai investigar a concessão de incentivos fiscais para empresas em Goiás fará nesta segunda-feira sua primeira reunião. A comissão será presidida pelo deputado Álvaro Guimarães (DEM). O relator será o deputado Humberto Aidar (MDB). Os deputados receberão ajuda técnica do Tribunal de Contas do Estado, assim como de técnicos do governo estadual, informou o líder do Governo, Bruno Peixoto (MDB), nesta segunda-feira (25).

A CPI acontece em meio à desconfiança e crítica dos empresários, tanto da Associação Pró-Desenvolvimento de Goiás (Adial) quanto da Federação da Indústria do Estado de Goiás (Fieg). Na sexta-feira (22), o ex-deputado Sandro Mabel, presidente da Fieg, fez profundas críticas a CPI dos incentivos e à CPI da Enel, durante reunião do Conselho Deliberativo do Fomentar/Produzir, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira.

“É um terrorismo o que está sendo feito e já estamos perdendo grandes indústrias para o Distrito Federal, Mato Grosso e Minas Gerais”, disse o presidente, sem apresentar dados concretos sobre essas perdas. “Se não tivermos uma política de incentivo que mostre que Goiás quer as indústrias, vamos fazer parte da história da desindustrialização do Estado”, acrescentou.

O governo não demonstra, contudo, preocupação com essa possibilidade. Ouvidos pela Sagres, governistas negam clima de terrorismo. Dizem que as empresas continuam a ter os benefícios e duvidam da migração para outros Estados, pois, afirmam, mesmo com mudanças aprovadas no final de 2018, durante a votação do projeto de reinstituição dos incentivos fiscais, Goiás continuou mais atrativo do que outros Estados brasileiros.