Ao longo da última década, a produção industrial do Brasil teve queda de 20%. Segundo o IBGE, a produção industrial brasileira recuou 0,2% em novembro de 2021, na comparação com outubro, registrando a sexta queda consecutiva do indicador.

O presidente da Associação Pro Industrial de Goiás (ADIAL) José Garrote falou em entrevista à Sagres, nesta quarta-feira (12), que apesar de ainda estarmos sofrendo os impactos provocados pela crise econômica resultante da pandemia de Covid-19, outros fatores influenciaram a redução no setor.

“Essa crise foi provocada por equívocos de políticas industriais. Toda matéria prima deveria passar pelo processo industrial, com ele sendo o elo que liga a matéria prima ao comércio. No Brasil, por falta de políticas na área de industrialização, nós perdemos essa participação, principalmente no caso de commodites. Estamos exportando muita matéria prima e deixando de industrializar,” disse o especialista.

Ainda segundo Garrote, o agronegócio é quem tem segurado a economia em Goiás, mas ainda faltam políticas voltadas para a industrialização.

“Dentro da vocação de cada região é necessário desenvolver políticas que visam desenvolver a industrialização, através de benefícios fiscais. As grandes indústrias quando vem para Goiás geram empregos, renda, serviços em todas as áreas, melhorando a situação como um todo, o que é muito importante,’ revela o presidente.

Mesmo com o processo de reabertura da economia, após restrições maiores para frear a Covid-19, a produção industrial passou a emitir sinais de fragilidade no país. A escassez de insumos ainda é apontada como um problema que atinge parte das fábricas.

Confira a entrevista completa:

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