O técnico do Vila Nova Futebol Clube, Dado Cavalcanti, culpou a “ansiedade” na derrota do time por 2 a 0 para o Brusque, nesta terça-feira (07), no OBA. Além disso, o profissional negou que falta qualidade ao elenco como um dos motivos para o baixo rendimento da equipe na temporada.

Veja também: Assista aos melhores momentos de Vila Nova 0x2 Brusque

“Seria uma crueldade eu chegar em uma coletiva de imprensa, na primeira derrota minha à frente do clube, justificar com qualidade técnica dos jogadores. Não foi por isso. Acho que alguns comportamentos influenciam, a ansiedade de vencer influencia no erro e no acerto, acho que a escassez de gols traz mais ansiedade e influencia também e acabo errando a última decisão. Acredito mais nessa condição comportamental do que técnica”, argumentou.

Quando Dado Cavalcanti chegou ao Vila, ele realizou algumas mudanças no time titular e também na maneira de jogar. Passados os 4 jogos dele, o time ainda não venceu. Questionado se não era a hora de mudar o jeito de jogar, o técnico afirmou que a ideia tem que permanecer, caso contrário o trabalho não rende.

“São reflexões naturais, principalmente nos momentos de baixa, como é em uma derrota. Se a bola entrasse, ia mudar completamente o contexto do jogo. Não estou falando que a gente ia ganhar, não quero bancar o mágico, mas o jogo seria diferente. A equipe que joga melhor, está muito mais próxima de vencer seu adversário. É nisso que eu acredito. Se jogar melhor é descer as linhas e jogar no contra-ataque, é um outro contexto, mas eu posso não posso mentir para mim mesmo. Não posso perder minhas convicções e essa é minha identidade. Sei que se eu jogar melhor, estarei mais perto de vencer. Não dá pra mudar tudo de uma hora pra outra, porque vira uma salada de fruta”, opinou.

De acordo com Dado Cavalcanti, não é possível “defender o indefensável”, mas acredita que nem tudo está errado com relação aos jogadores estarem ou não assimilando seu modelo de jogo e trabalho.

“A quantidade de pontos que somamos em 4 jogos é muito abaixo do que esperávamos. Então, seria até uma agressão ao nosso torcedor chegar em uma coletiva de imprensa e ficar comentando sobre as coisas boas e positivas que enxergo até então, pelo fato do resultado estar se sobressaindo. Não é que não estão assimilando [os jogadores]. Perdemos um jogo que estava controlado, em que éramos muito melhores do que o adversário e na primeira finalização deles a bola entrou. Algumas coisas precisam ser revistas, mas não posso chegar e afirmar que a ideia não está sendo assimilada”, defendeu.

Sobre os fatores positivos que Dado Cavalcanti enxerga, ao dizer que nem tudo está errado, o treinador pontuou o que a equipe do Vila Nova evoluiu desde o início do seu trabalho.

“É uma ideia central de um jogo. Nossa equipe acaba sendo pressionada bem menos em relação a alguns adversários que visualizo na Série B. Inclusive, faço mea culpa ao investir muito tempo, nos treinamentos que tive à disposição, para melhorar nossa saída de bola. Esse foi meu maior investimento no Vila Nova. Entendo que evoluímos muito nessa saída, perdemos pouco a bola no nosso campo. Temos vários mecanismos de saída, um tiro de meta pronto, mesmo com uma marcação mais pressionada. Mas, é pouco para vencer”, reconheceu.