Em entrevista à Sagres, o presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, afirmou que decretos diferentes não podem motivar disputas políticas, se referindo aos atritos gerados entre o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha. Os decretos estadual e de Aparecida se diferenciam no tempo de permanência do comércio fechado, medida adotada para tentar frear a contaminação pela Covid-19.

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Ontem, em entrevista também à Sagres, Caiado acusou Mendanha de politizar a doença ao não seguir as medidas mais rígidas que foram adotadas no decreto de Goiás. “Será possível que mesmo com dados da pesquisa e da ciência, com o que vemos em Manaus colapsado, com nossa luta em abrir leitos, ainda tenham esse comportamento? Isso é algo de uma baixaria que chega a ser desumano uma pessoa que coloca seu projeto político eleitoral na frente de vidas”, disse o governador.

Daniel, por sua vez, afirmou que são decretos com poucas diferenças. “No fundo, o escalonamento regional acaba contemplando a cidade com o fechamento de 14 dias, conforme o decreto estadual, só que de forma escalonada. Não são 14 dias diretos. A discussão é menor e não pode se sobrepor o objetivo de todos: que é a redução dos óbitos. Eu não posso entender que medidas que possam se diferenciar minimamente seja motivo para uma disputa política até porque isso é algo que ninguém ganha nesse momento”, destacou.

Ouça a entrevista na íntegra:

O presidente estadual do MDB defendeu união de esforços. “O que a gente espera nesse momento é uma união para que a gente possa tomar medidas mais assertivas nesse momento. O Gustavo é um estudiosos, tem um secretário de saúde muito competente. Eu ate participei e me convidaram, há algumas semanas, para ajudar na decisões únicas pelos prefeitos de Região Metropolitana. Porém em um determinado momento, Mendanha entendeu por meio do comitê que deveria voltar ao escalonamento regional”.

A coluna Sagres em OFF trouxe nesta sexta-feira as declarações dos deputados estaduais que cobram o rompimento de Ronaldo Caiado e o presidente Jair Bolsonaro. Para Daniel, assim como a politização da Covid-19, um rompimento político neste momento é “inadequado”. “Não é por ai. O presidente tem falhado na gestão da pandemia, perdeu o time da vacina, onde poderíamos estar com maior número de brasileiros vacinados. Talvez não tenha acreditado na vacina. Eu não defendo nenhum tipo de movimento político, porque o foco não é esse. Temos que estar 100% direcionados na vacinação”, argumentou.