Na quinta-feira (28), entrou em vigor o decreto estadual que restringe a comercialização de bebidas alcoólicas a partir das 22 horas. Além disso, foi estabelecido que na capital goiana, as distribuidoras de bebidas devem fechas às 20 horas, enquanto os outros como bares e restaurantes, a partir das 23 horas.

Dessa forma, na edição deste sábado (30), o Sagres Sinal Aberto recebeu para o Debate a pneumologista Fernanda Miranda e o porta-voz da Guarda Civil Metropolitana, Janilson Saldanha para conversar sobre esse assunto.

“Na primeira noite, nós tivemos mais de 122 distribuidoras de bebidas que foram fechadas e mais de 16 estabelecimentos centralizados que receberam multas por não estar atendendo o decreto”, comentou Janilson. O porta-voz ainda disse que na segunda noite houve uma diminuição significante. Foram feitas nove autos de multas.

De acordo com Saldanha, os donos dos estabelecimentos tentam argumentar contra o fechamento, mas diante a pressão de todos os órgãos fiscalizadores, a polícia e GCM, eles acabam aceitando.

O decreto foi feito, sobretudo, para diminuir o risco de contaminação pelo coronavírus, além de adoção de medidas sanitárias. Sobre isso, a pneumologista Fernanda Miranda comentou que é um fato o número crescente de casos de Covid-19 em Goiânia, e os médicos que lidam com pacientes positivos no dia a dia, sentem na pele.

“Uma pesquisa feita essa semana mostra que a grande maioria dos infectados em Goiânia, estão na faixa etária entre 30 e 39 anos. Sabemos que nessa idade, o vírus se manifesta de forma mais benigna, porém são pessoas que transmitem.”

A médica aproveitou o espaço para dizer que não foi eficaz o lockdown e que não cabe mais um novo.

“Muitos estabelecimentos não tomaram as medidas protetivas cabíveis. Infelizmente o que o goiano fez foi ir para ambientes de lazer e entretenimento que as pessoas ficam em pé, aglomeradas com pessoas que não são do convívio”, salientou a Drª Fernanda.

*A Sagres convidou representantes da Secretaria Estadual de Saúde e dos estabelecimentos comerciais, mas não tiveram disponibilidade em participar deste debate.

Mariana Tolentino é estagiária do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com a IPHAC e a Unialfa, sob supervisão da jornalista Tandara Reis.