A Adjunta da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra a Administração Pública (DECARP) Érica Botrel Teixeira indiciou 17 pessoas acusadas de participarem de um esquema de fraude na Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA).

Os suspeitos envolvidos no esquema são ex-servidores do órgão, incluindo a ex-chefe de recursos humanos, Fernanda Martins dos Santos, do ex-presidente da Agência Clarismimo Júnior, e do Vereador licenciado Paulo Borges.

A fraude consistia no desvio dos salários dos nomes de ex-servidores que ao se desligarem da Amma tinham mantidos os vencimentos sem o consentimento deles, porém a conta era alterada.

A Delegada Érica Botrel explica que algumas pessoas foram prejudicadas, e por isso não foi possível identificar a fraude.

“O salário caía no nome do servidor, no CPF dele, e essa conduta causou prejuízo em inúmeras pessoas, que foram notificados pela Receita Federal porque eram vítimas, e não sabiam que ainda estavam ativos na folha de pagamento da Amma, e que aquele salário estava caindo no CPF deles, embora eles não recebessem”, relata.

Segundo a Polícia Civil, a fraude aconteceu nos anos de 2008 até o começo de 2011, e mais de 50 pessoas foram prejudicadas. De acordo com as investigações, o então Presidente da Amma, Clarismino Júnior sabia de todo o esquema.

Pessoas ligadas aos então vereadores Paulo Borges e Daniel Vilela, foram contratados como funcionários fantasmas. O Deputado Estadual Daniel Vilela (PMDB), apenas foi citado no processo, por não haver comprovação que ele tenha agido em favor da contratação do seu motorista, Jorival Melo de Souza na Amma.

O atual Secretário de Habitação Paulo Borges, foi indiciado, segundo a Polícia pelo fato de ter agido em favor da contratação da esposa de um assessor dele, a senhora Cleide Dione da Silva Proto, que é professora em Aparecida de Goiânia, e foi contratada para trabalhar no setor de podas de árvores, no entanto nunca compareceu ao trabalho.

De acordo com a Delegada Érica Botrel, os acusados dividiam o lucro da fraude. “A Fernanda, por exemplo, incluiu parentes dela na folha de pagamento, como a babá da filha dele, que era uma servidora fantasma da Amma”, declara.

Por meio de nota, a Prefeitura de Goiânia informou que a Controladoria Geral do Município iniciou procedimento de auditoria no dia 4 de fevereiro deste ano, depois que a Secretaria Municipal de Recursos Humanos detectou irregularidades na folha de pagamento da Amma e as enviou para a Controladoria Geral.