A Polícia Civil apresentou na manhã desta segunda-feira (20) no auditório da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás (SSPAP-GO) em Goiânia, os dois presos suspeitos pela morte de Andressa Marçal e Uênio Leite. O casal foi encontrado morto no último dia 1º de março, no Setor Chácaras Retiro, próximo ao Conjunto Itatiaia, região norte da capital.

Segundo a polícia, os suspeitos são Janderson José Barros, de 20 anos, vulgo “Gordinho”, Murilo Henrique Lopes, de 18, conhecido como “De Menor”, que teriam efetuado os disparos. Um terceiro suspeito, Anderson Guedes da Silva, o “Neguinho”, está foragido.

Andressa tinha apenas 16 anos e havia sido dada como desparecida pela família, com boletim de ocorrência registrado no dia 28 de fevereiro. De acordo com o adjunto da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), Marco Aurélio Euzébio Ferreira, diversos foram os fatores que contribuíram para a morte do casal.

“Segundo os próprios homicidas, o Uênio havia subtraído uma arma de fogo, um revólver calibre 38, de Murilo, que foi quem efetuou os disparos. O outro homicida, o Janderson, era ex-namorado de Andressa e ex-amigo de Uênio. Quando o Uênio se envolveu com a Andressa, ele nutriu uma raiva muito grande pelo Uênio, que o levou, juntamente com Murilo e o Anderson, a planejarem esse homicídio”, pontua.

O delegado ressalta também que Andressa não era o alvo dos suspeitos, e que ela morreu por estar no local e hora errados. “Esses criminosos foram lá para matar o Uênio. Como a Andressa se fazia presente no local, viu tudo e chegou a gritar quando o Uênio foi atingido pelos disparos, o Murilo fala que não teve outra alternativa a não ser também matá-la”, explica.

Dias antes do crime, vítimas e suspeitos tiveram um desentendimento quando estavam juntos em um churrasco. No momento da apresentação dos suspeitos, familiares do casal estavam presentes no auditório da SSPAP-GO. A mãe de Andressa, Mara Sandra Marçal Rodrigues, ficou inconformada em ver os suspeitos e se diz aliviada com a prisão dos mesmos.

“Por um lado é um alívio de ver estes monstros, estes animais aí presos. Só que a falta da minha filha, isso aí nada vai fazer ela voltar pra mim. Eles tiraram a vida de uma menina boa, que tinha sonhos ainda, um filho para criar. O filho dela chora pela mãe à noite e de manhã, mamava ainda no peito dela. Minha filha não merecia isso”, relata.

Com informações do repórter Jerônimo Junio