Foto: Divulgação

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O último mês do ano tem a cor vermelha para a prevenção contra o HIV/Aids, além de outras doenças sexualmente transmissíveis. É o Dezembro Vermelho, em alusão ao Dia Mundial de Combate à Aids, lembrado no dia 1º. 

Em Goiás, o número de casos de HIV subiu mais de 1.100% nos últimos 11 anos. Os dados constam no Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2018, divulgado nesta semana em conjunto pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) e pelo Ministério da Saúde. A coordenadora estadual de IST/Aids da SES-GO, Milca Prado, chama a atenção para o aumento. “Em 2007 nós tínhamos 2 casos para cada 100 mil habitantes e em 2018 a gente está com 25 casos para cada 100 mil habitantes”, alerta. 

No entanto, apesar do número de casos de HIV, o número de ocorrências de Aids, doença causada pelo vírus e que ataca o sistema imunológico, diminuiu. “À medida em que as pessoas puderam fazer um diagnóstico mais precoce, ela puderam também ter o tratamento mais oportuno e, consequentemente, a gente teve ao longo dos anos uma queda na taxa de detecção de Aids, ou seja, as pessoas descobriam que tinham entrado em contato com o HIV, já iniciavam tratamento e não adoeciam com a Aids”, afirma. 

Em pessoas com mais de 13 anos, entre 2007 e 2018, foram notificados 7.634 casos de Aids. Os números revelam que, tanto no sexo masculino quanto no feminino, houve queda das taxas de detecção da doença. Elas são maiores no sexo masculino, mais frequente em homens com idade entre 30 e 39 anos. Entre as mulheres, 86,5% dos casos de infecção por HIV ocorreram com heterossexuais. Já entre os homens, o índice é de 30,7%. 

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece os testes de HIV gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades de Pronto Atendimento (Upas) e Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), e o resultado é rápido, levando até 30 minutos para ficar pronto. Não precisa de encaminhamento médico. O profissional de saúde, que pode ser médico, enfermeiro ou técnico de enfermagem, capacitado, coleta uma gota de sangue ou fluido oral. O material é submetido ao reagente que fornece o resultado positivo ou negativo. No entanto, é preciso estar atento sobre o prazo de se fazer o teste rápido, por conta da chamada janela imunológica. 

“O preservativo ainda é a melhor forma de prevenção porque é simples, barato, de fácil acesso, não tem efeitos colaterais. Mas, infelizmente, a gente vive em uma sociedade em que as pessoas podem ter acesso a preservativos e na hora de escolher se proteger, às vezes deixam de se proteger”, constata. 

O Dezembro Vermelho foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1987 e, em 1991, a fitinha vermelha surgiu com artistas de Nova York, para lembrar a luta contra a AIDS e transmitir compreensão, solidariedade e apoio às pessoas com o vírus HIV. No Brasil, o projeto foi adotado em 1988, pelo Ministério da Saúde. 

Ouça acima a entrevista na íntegra com a coordenadora estadual de IST/Aids da SES-GO, Milca Prado