Coronel Wellington Urzêda, diretor da DGAP (Foto: Reprodução/SagresTV)
O diretor-geral de Administração Penitenciária (DGAP) Coronel Wellington Urzêda destacou os números do primeiro ano da atual gestão estadual no trabalhos de recuperação de ressocialização da população carcerária em Goiás.
“Hoje temos 4.860 presos trabalhando no regime aberto, semiaberto e fechado. Neste governo conseguimos aumentar 288% de vagas de emprego para o aberto e semiaberto. O que isso significa? Você oportuniza uma profissão; remir a pena, a cada três dias trabalhados, ele cumpre quatro”, enfatizou Urzêda, em entrevista ao programa Sinal Aberto, da Sagres TV, desta quinta-feira (26).
Segundo a DGAP, o aumento no número de vagas para o Programa de Reintegração Social foi de 144. “A China do Brasil chama-se sistema penitenciário, onde você qualifica o homem, que é o mesmno da rua, ele vai ter um rendimento, vai aprender uma profissão”, destaca.
O diretor da DGAP esclarece que presos que demonstram interesse no processo de ressocialização ficam em locais denominados “módulo de respeito”. “É um lugar em que as celas são totalmente diferentes, mais humanizadas. Os banheiros são coletivos, os presos se cuidam. Eles são realmente escolhidos, pessoas que querem trabalhar, ressocializar. Temos também a questão do estudo. Temos 1.089 presos estudando hoje”, afirma.
Apesar dos números positivos da ressocialização, Goiás ainda vive um cenário de déficir no sistema penitenciário. Para as 112 unidades prisionais existentes no estado, são oferecidas 11 mil vagas para uma população de 22.682 reeducandos. “Cadeia é para cumprimento de pena, não para colônia de férias”, ressalta.
A meta do governo até 2022 [final da atual da gestão] é chegar a 3 mil presos estudando, e 10 mil trabalhando.
Concurso
Se as vagas ainda não são suficientes, o governo tenta buscar o equilíbrio no número de agentes penitenciários. Nesta quinta-feira (26), foi divulgada a lista com os aprovados do concurso para Vigilantes Penitenciários Temporários. Ao todo, foram aprovados 2.524 candidatos em Cadastro Geral, e 10.096 em cadastro de reversa. Segundo Urzêda, 250 serão chamados para formação da primeira turma em 1º de julho de 2020, e outros 250 três meses depois.
