A prefeitura de Goiânia realizou, nesta segunda-feira (18), a prestação de contas referente ao terceiro quadrimestre de 2021. Apesar de ter registrado superávit, o crescimento foi abaixo da inflação. Em entrevista à Sagres, o secretário de Finanças, Vinícius Pires, disse acreditar que a prefeitura fez o dever de casa durante o ano de 2021, pois conseguiu registrar crescimento – mesmo que abaixo da inflação – sendo que houve uma diminuição nas receitas. A receita total do Município foi de R$ 6,5 bilhões.
“Foi um ano de dificuldades, imagino. Mas se analisarmos, descontada a inflação, nós tivemos um crescimento, relativo a 2020, de 1,73% […] Não houve um crescimento acima da inflação por causa de duas quedas na receita que tivemos. Primeiro a respeito do Sistema Único de Saúde (SUS), em que tivemos uma diminuição superior a R$ 250 milhões; e em segundo, os repasses do Fundo Nacional de Assistência Social (-64,07%)”, explicou.
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O secretário destacou que o cenário da pandemia fez com que os municípios esperassem queda na arrecadação em 2020, mas como receberam auxílio financeiro do Governo Federal, isso não ocorreu. “O fechamento em 2020 foi positivo por causa desse incremento de receitas. Em 2021, sem receitas para manutenção da Covid-19, o Paço teve que aportar recursos através do Tesouro”, disse.
Sobre o aumento da despesa total do município, de 11,57% em comparação com 2020, com total de R$ 6,3 bilhões, Vinícius esclareceu que alguns gastos crescem independente da gestão, em função das progressões horizontais ou verticais, aumento da folha de pagamento e data-base. “Considero que esse aumento das despesas, mesmo descontado a inflação, foi muito pequeno, então o município conseguiu controlar seus gastos”, pontuou.
Vinícius falou ainda sobre as obras em andamento na Capital e afirmou que caso não haja nenhuma “situação nova”, a prefeitura terá os valores precisos, pois estão previstos no orçamento da capital. Para 2022, o secretário projetou mais dificuldades e necessidade de maior controle “Em 2022 será um desafio maior, porque há a necessidade de avaliar a arrecadação mensalmente e caso ocorra alguma queda, as medidas de contenção precisarão ser implementadas”, destacou.
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