O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), vai prestar contas da administração municipal nesta sexta-feira (25), na Câmara Municipal. Na ocasião, o Chefe do Executivo deverá apresentar aos vereadores relatório da gestão fiscal, da situação econômica do município, cumprimento das determinações legais, quanto à aplicação de verbas nas áreas de educação e saúde, custos da administração pública e de investimentos.

A ida do prefeito ao Legislativo ocorre em um momento em que há uma greve na educação, além de mudanças no comando de secretarias, entre elas a de Finanças, com a saída de Geraldo Loureço e a entrada de Vinícius Henrique Pires Alves. Tanto o auxiliar que deixa a função quanto o que entra sofrem desgastes. O líder do governo na Câmara, Anselmo Pereira (MDB), não acredita que o fato atrapalhe a prestação de contas.

“O prefeito não tem só o problema da educação, que considero importantíssimo, mas o prefeito tem feito uma série de ações na cidade de Goiânia. Você tem visto que as ações das obras estão retornando, BRT, a Leste-Oeste, tantos outros assuntos também precisam ser levados em conta. O prefeito agora está fazendo mutirões permanentes em Goiânia, já fizemos na região Sudoeste e agora faremos na região Leste”, afirmou.

Outro tema que pode vir à tona são questões relativas ao Código Tributário Municipal, que no início do ano provocou inúmeros desgastes por conta do aumento do Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU).

“Nós dissemos que nenhuma lei é estável. Se o Código Tributário trouxe situações, porque ele ficou 46 anos sem ser reformado. Isso é um absurdo, com alíquotas do período inflacionário de 1975/76. Nós vamos fazer as correções, a Câmara vai fazer”, garantiu.

O presidente da Comissão Mista da Câmara, Cabo Sena (Patriota), avalia que a troca de secretários pode ser outro tema em análise. Ele ressalta que não basta trocar nomes, mas também é preciso atender as demandas. “Talvez o prefeito não gostou do andamento dos trabalhos desses secretários e a troca é normal. Pode ajudar a reduzir desgastes, mas não só a troca, tem que resolver os problemas”, destacou.

A prestação de contas é relativa ao quarto trimestre de 2021. Vale ressaltar que, com a consolidação de dados do ano passado, Goiânia deve sofrer uma queda na nota atribuída pela Secretaria do Tesouro Nacional por meio da análise de capacidade de pagamento, que apura a situação fiscal de estados e municípios. A capital deve passar da situação A para B.

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