Goiânia passou a disponibilizar a vacina contra Covid-19 nas salas de vacinação de rotina e já conta, a partir desta terça-feira (28), com 50 pontos disponíveis para pessoas acima de 18 anos que ainda não tomaram a primeira dose do imunizante. Em entrevista à Sagres, a diretora de Vigilância em Saúde de Goiânia, Grécia Pessoni, afirmou que essa iniciativa ocorre por vários motivos, sendo o maior, a provável recorrência da campanha. “Não será passageira, a gente não tem previsão de término, nem finalizamos um grupo e já iniciamos outro”.

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Grécia explicou que o início apenas com os maiores de 18 anos que ainda não tomaram a primeira dose se trata de um projeto piloto.

“A vacina contra Covid veio para ficar na rotina […] Pela situação que nós temos dessa pandemia, não é uma situação passageira. A influenza, por exemplo, a pandemia foi em 2009 e até hoje nós fazemos vacinações anuais e a Covid teve um dano muito maior e mostrou-se que a vacina tem uma eficácia boa, mas, de certa forma, curta, com a administração de reforços sendo necessária. Se der tudo certo, nós vamos incorporando outras estratégias nas salas de vacina”.

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Mesmo sabendo da magnitude da campanha, a diretora declarou que esperava imunizações anuais, mas que agora, com seis meses as pessoas já estão precisando se vacinar novamente. “Nós precisamos abrir mais estratégias como foi a terceira dose para idosos e pessoas imunossuprimidas e agora com a previsão de fazer D3 também nos trabalhadores de saúde”.

Outro ponto para o projeto piloto direcionado apenas para um grupo, é tentar restringir para que um grupo não atrapalhe outro, além do fato de três imunizantes diferentes serem utilizados para imunização contra Covid. “O calendário básico de imunização hoje tem cerca de 18 tipos de vacina, então nós optamos por fazer de forma pontual, para não atrapalhar a vacinação de rotina”.

A imunização na salas de rotina também deve facilitar o acesso de pessoas que não conseguiram se vacinar por dificuldades para acessar a internet e agendar, ou pela distância dos postos disponibilizados anteriormente. “Muitas pessoas reclamaram que não conseguiram nem baixar o aplicativo, ou que o posto de saúde era muito longe da sua residência. Então, essa nova estratégia é para atender justamente esse público de maiores de 18 anos, constituído por cerca de 150 mil pessoas que ainda não receberam a primeira dose”.

Assista a entrevista no Sagres Sinal Aberto: