Educar para ler criticamente as mídias como um todo. Este é um dos objetivos da ”Educomunicação”. Como inserir essa forma de pensar sobre o que é consumido e compartilhado nas redes sociais todos os dias a cada minuto?

Em entrevista à Sagres TV, o doutor em Comunicação Social, Wagner Bezerra, explica como a Educomunicação pode transformar o dia a dia das pessoas que acessam informação a todo instante, e nem sempre consegue checar a veracidade do que recebem. Assista a seguir

”Refletir sobre o nosso consumo de mídias, tudo aquilo que a gente assiste, acessa, lê e vê, é o objeto principal da educomunicação. É pensar criticamente sobre aquilo que consumimos no nosso dia a dia”, afirma. ”O questionamento sobre os conteúdos que nós consumimos nas nossas vidas, a partir de todas as mídias, é o objeto da educomunicação”, complementa.

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Contudo, uma pesquisa realizada pelo dfndr lab, o laboratório de segurança digital da PSafe, mostra que mais da metade dos brasileiros já compartilharam fake news, as notícias falsas, sem saber, ou seja, sem fazer nenhuma checagem para saber se há veracidade na informação. Ainda de acordo com o levantamento, 80% dos links vieram de conversas no Facebook e no WhatsApp.

Para Wagner Bezerra, o exercício de educação midiática precisa ser realizado todos os dias.

”Quando treinamos a leitura crítica das mídias, passamos a olhar para aquilo que produzimos por meio do nosso celular, o que compartilhamos e assistimos na TV e na internet de uma outra forma. Busca-se desconfiar um pouco daquilo que está sendo entregue e, ao desconfiar, adquirir uma postura crítica”, argumenta.

Uma forma de educomunicar-se, segundo Wagner Bezerra, é buscar a mesma informação em outras fontes.

”Esse buscar outra fonte, outra referência, outros pontos de vista sobre a informação, é um ato em si educomunicativo. Aprender a fazer isso na vida, seja lá em qual fase for, quanto mais no início melhor, estaremos tendo hábitos educomunicativos”, conclui.