A tecnologia está aí, literalmente na palma da mão. Um pequeno aparelho, que até bem pouco tempo, servia apenas para fazer ligações, hoje tem inúmeras funções. Mas não são apenas nos telefones celulares, hoje a tecnologia está em todos os lugares. E especialmente os mais jovens vivem imersos nesse admirável mundo novo.

“Eu uso celular para estudar quando preciso pesquisar alguma coisa sobre as atividades. Uso também as redes sociais, converso com meus amigos. Quando preciso para o trabalho também, pesquiso”, conta a estudante Letícia Mikaella.

As novas tecnologias na comunicação, mudaram a forma como nos relacionamos com o mundo, com as pessoas e até com as coisas à nossa volta. E elas também estão sendo usadas, cada vez mais como ferramentas para promover avanços e facilitar o acesso à educação. Essa é a chamada educomunicação.

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Os programas Educa Anápolis e Ser Goiás são exemplos de como as tecnologias podem acelerar o processo de recuperação da aprendizagem. Eles foram criados a partir da experiência do Sagres Educa, lançado no período mais crítico da pandemia da covid-19. O Sagres Educa leva conteúdos até a casa dos alunos, por meio da TV e da internet. E, hoje, com o retorno à sala de aula, os programas continuam.

“Quando o estudante está em sala de aula, por exemplo, no período matutino, ele tem a mesma apresentação daquele conteúdo no vespertino, mas em casa, no ambiente virtual de aprendizagem, poder interagir com o professor por meio de um chat, tirar dúvidas e fazer com que haja ainda mais avanço na qualidade desse ensino”, explica a secretária de Educação de Anápolis, Erizania de Freitas.

Conforme a gestora educacional do Sagres Educa, Kelly Bitencourt, desta forma, a educação é levada para um lugar de inovação. “Uma vez que a educação tradicional como a gente conhece não atende mais essa geração que tem interesses de recursos e acesso a materiais muito mais pensados para o interesse deles, rotina, cultura, e para que o futuro espero deles também como cidadãos e profissionais”.

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Apesar da chamada educomunicação estar cada vez mais presente com o surgimento das novas tecnologias, ela já é utilizada há cerca de 50 anos, tendo, por exemplo, o rádio, como plataforma para projetos, que vão muito além da sala de aula, como conta o presidente da associação brasileira de pesquisadores e profissionais da Educomunicação, Ismar Soares.

“A educomunicação pode estar colaborando com a comunicação dialogando com a comunicação a partir dos tradicionais parâmetros de trabalho do comunicador ou da empresa de comunicação. A educomunicação pode também dialogar com diferentes setores da vida social que envolvem pessoas”, destaca.

Para Ismar Soares, quando falamos de escola que adota educomunicação, estamos nos referindo a uma unidade de ensino que olha os fundamentos da educação “tem vocação para o diálogo”. “Sem diálogo não há educação”, reforça.

Além disso, tornar o estudante como protagonista diante da abertura digital pode incentivar ainda mais os estudos. “Ele sai de um lugar de consumo apenas para entretenimento e há uma transformação individual, ele supero limites daquilo que esperava como possibilidade, e se transforma, transforma a comunidade e a realidade dele”, conclui Kelly Bitencourt.

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