Cléber Nelson de Andrade Raphaelli, ou simplesmente Cléber Gaúcho. Natural de Camaquã, no Rio de Grande do Sul, teve uma carreira como jogador construída entre os anos 1990 e 2000, com passagens marcantes por Criciúma e Goiás, reconhecido como um volante forte na marcação. Hoje, aos 47 anos, vive o momento mais especial da sua carreira como treinador, na segunda passagem pelo Grêmio Anápolis.

Finalista do Campeonato Goiano de 2021 com o clube anapolino, que, por sua vez, disputa a primeira final do torneio em sua história, Cléber Gaúcho tem a oportunidade de conquistar um título de maior expressão como treinador. Ao longo dos seus pouco mais de sete anos na função, já foi vitorioso com o XV de Piracicaba, pelo qual ganhou uma Copa Paulista, em 2016, e o Velo Clube, campeão da Série A3 do Campeonato Paulista, em 2020.

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Durante esta semana, como parte do especial da Sagres dedicado à final do Goianão 2021, o treinador foi entrevistado no programa Hora do Esporte para falar um pouco mais sobre a sua carreira e o trabalho executado no surpreendente Grêmio Anápolis, que eliminou o favorito Atlético Goianiense nas semifinais do torneio estadual. Neste domingo (16), às 16h, o time anapolino recebe o Vila Nova no primeiro jogo da final, no estádio Jonas Duarte.

Cléber Gaúcho, treinador do Grêmio Anápolis (Foto: Divulgação/Grêmio Esportivo Anápolis)
Favorito para a final

Questionado sobre quem carrega o favoritismo na decisão, Cléber Gaúcho ponderou que, “como falei no término do jogo com o Atlético, vejo as duas equipes em condições iguais, e isso não é demérito nenhum para o Vila Nova, muito pelo contrário. Vejo o Vila Nova como uma equipe que melhorou muito no decorrer da competição: oscilou um pouco no início, depois, com a chegada do Wagner (Lopes, treinador vilanovense), vem melhorando muito a sua condição. A prova disso foram os dois jogos contra a Aparecidense, em que fizeram jogos iguais, em alguns momentos até melhor, e conseguiu neutralizar bem a equipe da Aparecidense, que tem um poder ofensivo muito bom, e, dentro do seu conceito de jogo, foi uma equipe que competiu a todo momento”.

“A nossa equipe também é dessa maneira. No último jogo com o Atlético, usamos uma estratégia um pouco diferente daquilo que vínhamos utilizando no decorrer da competição: baixamos um pouco a nossa linha de marcação, até por conta do jogo apoiado do Atlético, que é muito forte. Colocamos isso para os atletas, que entenderam sair um pouco da característica, que é a nossa condição de querer propor um pouco mais o jogo. Fora isso, também buscamos fazer um futebol bonito, objetivo e para frente, verticalizando e buscando o gol. Com todo o respeito que tenho ao Vila Nova, pela sua tradição e história, mas não vejo a nossa equipe em inferioridade em relação à parte técnica e ao conjunto, por isso coloco as duas equipe em igualdade para disputar o título”, completou.

Futuro após a decisão

Se a decisão do Goianão desta temporada é a primeira na história do Grêmio Anápolis, a classificação também valeu muito para Cléber Gaúcho, que acredita que o feito pode alavancar a sua carreira. “Os meus trabalhos no interior de São Paulo sempre foram consistentes, e a prova disso é que geralmente o clube em que trabalho me convida para retornar. Até por conta dessa situação, não tive rodagem em muitos clubes na minha curta carreira como técnico”, destacou o comandante técnico.

Por outro lado, “a projeção que dá chegar na final de um Campeonato Goiano da primeira divisão, logicamente, é diferente de ter sido campeão com o XV de Piracicaba e o Velo Clube, que são clubes centenários. Por mais que no interior de São Paulo, onde o futebol também é bem projetado, isso nos dá uma visibilidade muito grande, indiferente de uma situação do futebol goiano, da envergadura que é, tendo os adversários que se tem. Por conta disso, com certeza a projeção e a visibilidade são grandes, e isso já está surgindo efeito com algumas possibilidades futuras de trabalho”.

Confira na íntegra a entrevista de Cléber Gaúcho à Sagres