Questões relacionadas a sustentabilidade estão ganhado força nos últimos anos. O termo “emprego verde” tem o objetivo de conscientizar a população e possibilitar o aparecimento de profissões que proporcionam condições para a preservação do meio ambiente.

A especialista em Recursos Humanos (RH), Deise Percílio, explica que emprego verde é um trabalho justo e digno que contribui para preservar ou restaura o meio ambiente. “Emprego verde é uma nova forma de pensar e agir, principalmente do gestor, da empresa, do empregador, mas também do empregado”.

Esse termo foi criado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), em 2009. As profissões mais procuradas nesse mercado são físicas, química e engenharia.

Segundo a especialista essa área tem muitas possibilidades. As oportunidades para empregos verdes estão em todos os níveis dentro da empresa desde o estratégico, tático até o operacional.

 “Outras profissões dentro dessa área são gestor de sustentabilidade, engenheiro de energia renovável, instalador de painéis solares, gestor de redes inteligentes e técnico de instalação de reciclagem”, pontua.

De acordo com dados da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), compilados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Brasil corresponde a 10% de todos os empregos verdes no mundo. O país ocupa a segunda colocação entre os maiores empregadores da indústria de biocombustíveis hidrelétrica, solar e eólica. Perdendo apenas para a China, que tem 42% dos 12.7 milhões de postos de trabalho do planeta.

Deise Percílio pontua que nos grandes centros o emprego verde é uma prática ainda maior, principalmente nos locais que são voltados para a indústria. Mas essa é uma área que está se desenvolvendo em muitas regiões. “Essa questão deve ser trabalhada como uma nova forma de pensar. Não adianta trazer novos cargos sendo que a empresa, os colaboradores e o RH ainda utilizam copos descartáveis, por exemplo. É preciso investir nessa mudança de pensamento, é um processo educativo”, afirma.

A especialista em Recursos Humanos afirma que quem vai gerar uma nova cultura são os jovens. “Essa turma mais nova está muito aberta para essa realidade de tecnologia e sustentabilidade. Educando os mais jovens sobre essas questões importantes, do meio ambiente, a tendência é que essa mudança de pensamento seja natural e assim vai fluir com muita facilidade”, finaliza.

Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) 60% dos empregos do setor vêm da instalação de sistemas, empregos de nível técnico, com renda média de dois salários mínimos e carteira assinada. Outros 40% vêm da fabricação de componentes, projetos, engenharia, administração, comercial, vendas e marketing.

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