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A Enel Brasil deve suspender o corte de energia para os consumidores durante um período da paralisação das atividades econômicas por conta da crise sanitária do novo coronavírus. A empresa, contudo, aguarda posicionamento da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee) para anunciar sua decisão, conforme apurou a Sagres On. A medida valeria para as quatro regiões onde a Enel Brasil tem a concessão da distribuição: Goiás, Ceará, São Paulo e parte do Rio de Janeiro. A empresa está conversando sobre o assunto com a Defensoria Pública de Goiás.

Procurada pela reportagem, a empresa disse por meio de nota divulgada por sua assessoria de comunicação que está “atenta ao avanço do coronavírus no País e não está medindo esforços para garantir a operação do serviço de distribuição em todos os Estados em que atua.” Na sexta-feira, a empresa suspendeu, por tempo indeterminado, o atendimento em todas as suas redes físicas.

Ainda pela nota, a Enel acrescentou: “Em conjunto com o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a companhia está focada e comprometida em encontrar soluções que contribuam para que a sociedade e o sistema elétrico enfrentem a atual situação. Eventuais medidas extraordinárias a serem adotadas no atual cenário estão sendo discutidas entre as empresas e autoridades do setor.”

Em pronunciamento em cadeia de rádio e TV, na sexta-feira (21), logo após a publicação das novas regras para isolamento social em Goiás, o governador Ronaldo Caiado informou que havia determinado à Saneago a suspensão do corte do abastecimento de água. Caiado disse ainda que fez o mesmo pedido à Enel e às empresas de internet.

Também por meio de nota enviada à Sagres nesta segunda-feira (23), a Saneago informou que suspendeu todos os cortes para clientes inadimplentes por 15 dias, a partir da publicação do decreto estadual (o governo publicou dois decretos, o 9.638, em 21 de março, alterando o decreto nº 9.633, de 13 de março). De acordo com a nota, a diretoria autorizou a criação de um programa de renegociação de débito, cujos critérios estão em fase de elaboração.

Na quarta-feira (19), a Abradee informou que pretende discutir medidas emergenciais com a Aneel e o Ministério das Minas e Energia. “A Abradee entende que quaisquer medidas de desoneração aos consumidores só podem ser implementadas com a adequada análise do poder concedente e regulador, inclusive por questões constitucionais, precedida necessariamente de um novo arranjo legal com todos os segmentos envolvidos e que juntos estão inseridos na conta de luz (geradores, transmissores, governos estaduais, governo federal e beneficiários de encargos e subsídios)”, informou por meio de nota.

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