Nesta quarta-feira (15), estudantes secundaristas de todo o Brasil foram para as ruas protestar pela revogação do Novo Ensino Médio. Em Goiânia, a manifestação reuniu diversos movimentos, organizações e entidades.

Iniciada na Praça Universitária, a caminhada seguiu até a Secretaria de Educação de Goiás (Seduc), na esquina da Avenida Anhanguera com a Quinta Avenida. Organizado pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), o protesto também teve participações da União Nacional dos Estudantes (Une) e de diretórios centrais e centros acadêmicos.

A estudante Ana Cristina, representante da Ubes, destacou que o objetivo da manifestação foi cobrar “as instituições responsáveis por essa reforma, pedindo a imediata revogação do Novo Ensino Médio, que é uma política contra o povo e os filhos da classe trabalhadora”.

Ana Cristina, representante da Ubes (Foto: Rubens Salomão/Sagres Online)

Por outro lado, Fátima Gavioli, secretária de Educação de Goiás, afirmou em entrevista ao repórter Rubens Salomão que “a revogação é algo muito sério. Agora, que tem pontos que precisam ser melhor analisados, sim”.

A titular da Seduc ressaltou a preocupação com o transporte escolar por conta do sexto horário implementado no ensino médio, enquanto os alunos do ensino fundamental têm uma hora a menos. A fim de resolver as questões, “já existe a possibilidade de se discutir o sexto horário através de um ensino híbrido”.

Entre outros pontos levantados por Gavioli, “não foi criado fomento. Aumentou a carga horária e o número de professores e laboratórios, mas não veio dinheiro para nada disso”. Além do mais, “praticamente não houve formação para o Novo Ensino Médio”.

A secretária frisou que a remodelação da lei é possível. “O que me tranquiliza é saber que o Brasil inteiro está sentindo a mesma dor e que o Ministério da Educação vai olhar para nós e nos ouvir para poder chegarmos ao ensino médio que as crianças merecem”.

Gavioli reforçou ainda que “a revogação está fora de pauta. Eu penso que eles irão remodelar e isso tranquiliza bastante todos nós, educadores”.

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