Ainda frustrado pela derrota em casa por 2 a 0 para o Athletico pelo Brasileirão na noite da última quarta–feira (6), o goleiro do Atlético Clube Goianiense, Fernando Miguel, concedeu entrevista na manhã desta quinta–feira (7) no CT do Urias Magalhães e fez questão de demonstrar como está incomodado com o jejum de 10 jogos sem vitórias no Antônio Accioly.

“O que incomoda, deixa a gente frustrado, é o fato de não confirmar aquilo que a gente é capaz de fazer. Tirando o jogo de ontem em que o Athletico foi melhor do que a gente, também contra o Palmeiras, não teve uma equipe que nos dominou por completo. Conquistaram os empates com uma postura defensiva, sendo reativas, jogando no nosso erro”, disse Fernando Miguel, que também foi questionado sobre os “times grandes” que estão atrás do Atlético na classificação, como São Paulo, Santos e Grêmio, e se esse fator aumenta o temor quanto ao risco do rebaixamento para a Série B.

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“Sobre as equipes tradicionais que ainda estão atrás da gente, o futebol tem demonstrado que a questão financeira não tem sido preponderante. Isso é o que machuca mais, porque poderíamos estar numa condição melhor neste momento, pois temos uma identidade bem definida, com possibilidades reais de conquistar resultados melhores dentro do nosso estádio”, completou o goleiro.

Ainda sobre a campanha no Brasileirão –hoje o Atlético-GO é o 11º com 30 pontos, sete a mais do que o Grêmio que abre a zona do rebaixamento– o goleiro descarta comparações como fez o presidente Adson Batista após o último jogo, quando citou que o Dragão poderia estar bem como o Fortaleza na classificação.

“É definitiva a nossa posição na tabela? Não. Dá pra dizer que a gente vai chegar além do que já fizemos? Não. Então prefiro olhar pra frente, para aquilo que me dá segurança, que é forma como trabalhamos aqui, a coragem que temos pra jogar, então o que precisamos controlar é a ansiedade, que em alguns momentos está aflorada e não conseguimos ter a calma para construir a jogadas. O clube e o time têm potencial e precisamos acreditar nisso”.

Sequência

Ainda faltam 15 jogos para o Atlético-GO no Brasileirão. Sequência que será disputada em um espaço de dois meses. Para Fernando Miguel, sem problemas, afinal o clube rubro–negro dá todas as condições para a recuperação dos jogadores.

“Não é novidade. Talvez se acumulou por uma temporada ter sido emendada na outra e por causa da pandemia o calendário ficou um pouco confuso. O Campeonato Brasileiro sempre se desenha dessa forma, com momentos de pico, com mais jogos, depois com mais espaço entre um jogo e outro, mas o trabalho vem sendo feito de uma forma excelente, temos todas as ferramentas possíveis para a recuperação e vamos fazer o nosso melhor para avançar na tabela da competição”, destacou o camisa 1.

Nas próximas rodadas, o Dragão pega Fluminense e Bragantino, ambos fora de casa, e recebe o Atlético Mineiro no Antônio Accioly. Pensar em pontuar o máximo possível é o ideal, no entanto a prioridade é a recuperação imediata, afinal o Dragão tem conseguido jogar bem longe de Goiânia.

“O cenário ideal é fazer um grande jogo no Rio de Janeiro contra o Fluminense. Acho que pensar no Atlético Mineiro daqui a três rodadas é precipitado da nossa parte. Não dá pra sofrer em antecipação. Temos sido uma equipe forte fora dos nossos domínios. Vamos com a expectativa de fazer um grande jogo no Maracanã, no Rio de Janeiro, um estádio histórico”, finalizou Fernando Miguel.