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“A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar nele; é aproximar se dele; é pôr se em comunicação com ele. A três coisas podemos propor nos por meio da prece: louvar, pedir, agradecer”. (Allan Kardec: O Livro dos Espíritos, questão 659.)

O que é a Prece?

Qual a relação da Prece e o Magnetismo?

O que podemos conseguir através da Prece?

Existe uma fórmula para a Prece?

Que tipo de recurso é a Prece?

Qual a eficácia da Prece

Podemos orar por outras pessoas?

Tudo que pedirmos seremos atendidos?

“Por isso vos digo: todas as coisas que vós pedirdes orando, crede que as haveis de ter, e que assim vos sucederão”. (Marcos, 11:24)

Há pessoas que contestam a eficácia da prece, entendendo que por Deus conhecer as nossas necessidades, é desnecessário expô-las a Ele. Acrescentam ainda que com tudo se encadeando no universo através de leis eternas, nossos votos não podem modificar os desígnios de Deus.

Há leis naturais e imutáveis, sem dúvida, que Deus não pode anular segundo os caprichos de cada um. Mas daí a acreditar que todas as circunstâncias da vida estejam submetidas à fatalidade, a distância é grande. Se assim fosse, o homem seria apenas um instrumento passivo, sem livre-arbítrio e sem iniciativa. Nessa hipótese, só lhe caberia curvar a fronte ante os golpes do destino sem procurar evitá-los; não deveria esquivar-se dos perigos. Deus não lhe deu o entendimento e a inteligência para que não os utilizasse, a vontade para não querer, a atividade para cair na inação. O homem sendo livre de agir, num ou noutro sentido, seus atos têm, para ele mesmo e para os outros, consequências subordinadas às suas decisões. Em virtude da sua iniciativa, há, portanto, acontecimentos que escapam, forçosamente, à fatalidade, e que nem por isso destroem a harmonia das leis universais, da mesma maneira que o avanço ou atraso dos ponteiros de um relógio não destrói a lei do movimento, que regula o mecanismo do aparelho. Deus pode, pois, atender a certos pedidos sem derrogar a imutabilidade das leis que regem o conjunto, dependendo sempre o atendimento da sua vontade. (Evangelho segundo o Espiritismo cap. 27 itens 5 a 8.)

Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a inspirar lhe ideias sãs. Ele adquire, desse modo, a força moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao caminho reto, se deste se afastou. Por esse meio, pode também desviar de si os males que atrairia pelas suas próprias faltas.  (Allan Kardec: O Evangelho segundo o Espiritismo. Capítulo 27, item 11.)

O Espiritismo torna compreensível a ação da prece, explicando o modo de transmissão do pensamento, quer no caso em que o ser a quem oramos acuda ao nosso apelo, quer no em que apenas lhe chegue o nosso pensamento. Para apreendermos o que ocorre em tal circunstância, precisamos conceber mergulhados no fluido universal, que ocupa o espaço, todos os seres, encarnados e desencarnados, tal qual nos achamos, neste mundo, dentro da atmosfera. Esse fluido recebe da vontade uma impulsão; ele é o veículo do pensamento, como o ar o é do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas, ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito. Dirigindo, pois, o pensamento para um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece entre um e outro, transmitindo de um ao outro o pensamento, como o ar transmite o som. (Allan Kardec: O Evangelho segundo o Espiritismo. Capítulo 27, item 10.)

Jesus disse: “Não vos assemelheis aos hipócritas que pensam que pelo muito falar serão ouvidos” (Mateus 6:7).

A prece não é movimento mecânico de lábios, nem disco de fácil repetição no aparelho da mente. É vibração, energia, poder.

André Luiz: Missionários da Luz, Capítulo 6.

Pela prece o homem atrai o concurso dos Espíritos bons, que vêm sustentá-lo em suas boas resoluções e inspirar-lhe bons pensamentos. Ele adquire, desse modo, a força moral necessária para vencer as dificuldades e voltar ao caminho reto, se deste se afastou. Por esse meio, pode também desviar de si os males que atrairia pelas suas próprias faltas. (Allan Kardec: O Evangelho segundo o Espiritismo. Capítulo 27, item 11).

Segundo o Codificador, […] a principal qualidade da prece é ser clara, simples e concisa, sem fraseologia inútil, nem luxo de epítetos, que são apenas enfeites de lantejoulas. Cada palavra deve ter seu alcance próprio, despertar uma ideia, mover uma fibra. Numa palavra: deve fazer refletir. Somente sob essa condição a prece pode alcançar o seu objetivo; de outro modo, não passa de ruído. (Allan Kardec: O Evangelho segundo o Espiritismo. Capítulo 28, item 1).

No entanto, temos de orar sempre. Não devemos subestimar o valor da nossa comunicação com Deus. Teremos de atravessar épocas difíceis? Estamos deprimidos? Continuemos a orar. A prece é luz e orientação em nossos próprios pensamentos. (Espírito Anderson, Livro: Entre irmãos de outras terras. Capítulo 39.)

Outro grande benefício proporcionado pela prece é atrair o auxílio dos Espíritos benfeitores que, pelos canais da intuição ou da inspiração, vêm sustentar o indivíduo.

O hábito de orar é de valor inestimável e deve ser exercido diariamente, pois tem o poder de criar um campo de forças positivas ao redor de quem ora.

A PRECE NA REUNIÃO MEDIÚNICA

Harmoniza o ambiente.

Favorece a manifestação.

Beneficia o entendimento dos Espíritos.

“Os Espíritos sofredores reclamam preces e estas lhes são proveitosas, porque, verificando que há quem pense neles, sentem- se menos abandonados, menos infelizes.

Mas, a prece tem sobre eles uma ação mais direta: reanima-os, incute-lhes o desejo de se elevarem pelo arrependimento e pela reparação e pode desviar- lhes o pensamento do mal.

(ALLAN KARDEC. O Evangelho segundo o espiritismo. Cap. XXVII, item 18)

É nesse sentido que a prece pode não apenas aliviar, como abreviar seus sofrimentos.”

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